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Caixa quer 1 milhão de moradias no Minha Casa
Para cumprir meta de programa habitacional, banco estatal terá que triplicar as unidades financiadas
MARIANA SALLOWICZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE
A Caixa Econômica Federal
quer alcançar, neste ano, 1 milhão de moradias financiadas
pelo programa federal Minha
Casa, Minha Vida -meta estabelecida pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. Para chegar a esse número, porém, terá
de financiar 724.472 imóveis
em 2010, número que representa quase o triplo do que financiou em 2009, quando foram 275.528 unidades entre
abril, mês do lançamento do
programa, e dezembro. A projeção era de 400 mil no ano.
"Estamos numa velocidade
[de contratação] que nos dá autoridade para falar que chegaremos a 1 milhão até o final do
ano", disse o vice-presidente da
área de governo da Caixa, Jorge
Hereda, durante apresentação
do balanço de crédito imobiliário, ontem.
O banco liberou em 2009 um
volume recorde de R$ 47,05 bilhões para contratações de crédito imobiliário -alta de 102%
em relação ao ano anterior,
quando os empréstimos atingiram R$ 23,3 bilhões.
De acordo com Hereda, o ritmo de contratação de financiamentos por meio do Minha Casa Minha Vida vem aumentando nos últimos meses, devido
ao "aprendizado" dos agentes
envolvidos nas operações. No
mês de lançamento do programa, foram financiadas 4.500
unidades. Em dezembro, o número estava em 91,3 mil.
Nos últimos três meses de
2009, a média de financiamento foi de mais de 60 mil unidades. "É possível manter [essa
média] neste ano e, assim, conseguir contratar 1 milhão de
moradias até dezembro."
Para o economista-chefe do
Secovi-SP (sindicato da habitação), Celso Petrucci, não será
fácil atingir a meta. "Dá para fazer, mas vai exigir um esforço
adicional da indústria, da Caixa, das prefeituras e até da liberação dos licenciamentos ambientais", avaliou.
Segundo ele, o programa tem
alguns entraves importantes,
como é o caso da dificuldade
das construtoras em acharem
terrenos. "Os custos devem estar compatíveis para que se
possa produzir unidades de R$
60 mil, R$ 70 mil até R$ 130 mil
(valor máximo permitido no
programa)". Para ele, é necessária maior agilidade na aprovação de projetos. Das 656.368
propostas recebidas na Caixa,
380.840 esperam análise.
São Paulo
A instituição também espera
alcançar a meta estabelecida
pelo governo para o Estado de
São Paulo em 2010 -de 184 mil
imóveis. No ano passado, foram
contratadas 52.631 unidades
-28,6% do total no país.
O custo de terrenos em São
Paulo, porém, é maior do que
nas demais cidades do país.
Válter Nunes, superintendente
regional da Caixa, diz que viabilizará a meta por meio de parcerias com Prefeitura e Estado.
Para a capital paulista, a meta
é construir 12 mil unidades para famílias com renda de até
três salários mínimos. A Prefeitura de São Paulo doou 32
áreas, o que possibilitará a
construção de 4.468 mil unidades. Com o Estado, em parceria
com a CDHU (Companhia de
Desenvolvimento Habitacional
e Urbano), a expectativa é construir 13 mil unidades.
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