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Apple lança o iPad, que une vídeo, música, livro e game
Produto chegará ao mercado dos EUA em 60 dias, com preço inicial de US$ 499
Projeto, misto de celular sensível ao toque e laptop, existe há mais de dez anos, mas só agora convenceu executivos de seu potencial
Associated Press
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O iPad tem 24,3 cm de altura; o iPod tem 11 cm
JENNA WORTHAM
DO "NEW YORK TIMES"
Depois de meses de especulações descontroladas, Steve
Jobs enfim deu aos fãs da Apple
exatamente aquilo que desejavam: um novo computador tablet semelhante ao iPhone,
chamado iPad, com preço inicial de US$ 499. "Queremos dar
início a 2010 introduzindo hoje
um produto mágico e evoluído", disse Jobs, presidente-executivo da Apple.
Alguns dos modelos do produto estarão disponíveis dentro de 60 dias, ele afirmou.
Os recursos e as especificações do aparelho, que alimentaram boatos na internet por
meses, foram por fim revelados
em detalhes: o modelo terá
uma tela de toque de 9,7 polegadas e um teclado virtual completo. A espessura é de 1,2 centímetro e o peso chega a 680
gramas. Além disso, a tela do
iPad conta com o recurso multitoque, o que significa que o
conteúdo que ela exibe pode
ser manipulado com movimentos dos dedos.
O iPad conta com conexões
wi-fi e bluetooth para a internet e é acionado por um chip
Apple A4 de 1,4 gigahertz. A
memória flash tem entre 16 e
64 gigabytes de capacidade.
Jobs descreveu o iPad como
"muito mais íntimo que um
laptop e muito mais capaz que
um celular inteligente, com essa linda e ampla tela".
O modelo mais avançado
custará US$ 829, com 64 GB de
memória e conexão 3G.
Os modelos dotados apenas
de conexão wi-fi estarão disponíveis em 60 dias, e os de conexão a redes de telefonia móvel,
em 90 dias, segundo a Apple.
Durante o evento, Jobs demonstrou o iPad como plataforma para assistir a vídeos, ouvir música em formato stream,
ler livros eletrônicos, ver fotografias e jogar videogames.
O iPad será capaz de operar
"virtualmente todos" os aplicativos do atual catálogo do iPhone, que chegam a mais de 100
mil, "virtualmente sem modificações", disse Scott Forstall, vice-presidente sênior da Apple.
Ele apontou que os programadores poderiam modificar
seus aplicativos a fim de tirar
vantagem da grande tela.
A Apple vinha trabalhando
em um computador tablet como esse havia mais de uma década, de acordo com diversos
ex-funcionários. Mas os primeiros protótipos, que usavam
microchips do padrão PC, esgotavam rapidamente as baterias,
e os executivos da Apple não
conseguiam determinar como
ou por que as pessoas desejariam usar esse tipo de aparelho,
que carece de teclado e mouse
convencionais. Outras companhias, como a Microsoft, têm
tablets à venda já há anos, mas a
categoria jamais conquistou a
atenção dos consumidores.
No entanto, avanços na tecnologia tornaram os tablets um
produto mais viável. A tecnologia de baterias melhorou. Jobs
disse que o iPad teria cargas de
bateria com duração de dez horas, o que permitiria que um
usuário "apanhasse um avião
em San Francisco e voasse até
Tóquio assistindo a vídeos".
Os teclados tradicionais com
a disposição QWERTY também se tornaram dispensáveis
para muitas pessoas. Número
cada vez maior de celulares, como o NexusOne, do Google,
abandonaram os teclados.
O notável sucesso do iPhone
e do iPod Touch também demonstrou o caminho que os tablets podem percorrer. As pessoas se dispõem a pagar para
personalizar esses aparelhos
com aplicativos, transformando-os em videogame, bússolas
e leitores eletrônicos.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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