São Paulo, quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

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No Brasil, alto custo deve ser a maior barreira

JULIO WIZIACK
DA REPORTAGEM LOCAL

As teles móveis já estudam o lançamento do iPad no Brasil, mas o preço é a principal barreira. A negociação com a Apple deverá ocorrer pelas matrizes, nos EUA.
A companhia americana já sinalizou que, diferentemente do iPhone, cuja distribuição global levou quase dois anos, o iPad estará nos principais mercados a partir de abril, no máximo. Para a versão wi-fi, esse prazo é março, sem restrição de países.
No Brasil, as operadoras querem o modelo 3G (que também funciona em wi-fi). Apesar de ser mais caro, são poucos os lugares públicos no país com sinal wi-fi (hotspots) e, para elas, só interessa gerar tráfego de dados em sua rede, algo que a versão wi-fi não permite.
Quando o iPhone foi lançado no país, o preço de importação foi de US$ 500, e o aparelho subsidiado custava cerca de R$ 1.200 para os consumidores, sem contar o pacote de dados.
Cálculos iniciais indicam que o iPad (3G) não custará menos de R$ 2.000, já contando o subsídio. Na conta estão incluídos não só os impostos como a demanda por esse tipo de equipamento.
Dados do IDC (International Data Corporation) mostram que, no mundo, 0,5% das vendas de computadores foram de tablets (categoria a que pertence o iPad). No Brasil, a comercialização desses equipamentos nem aparece nas pesquisas.
Mesmo assim, para as operadoras, o lançamento do iPad significa investir em uma "imagem de inovação". Esse é o principal motivo que leva as teles a negociarem com a Apple.
Antes de fecharem sua estratégia, elas querem saber se o cliente que já comprou um iPhone poderá usar seu pacote de dados também no iPad. Nos EUA, isso não é possível. Caso o acesso seja liberado no Brasil, há chances de que haja mais interessados em adquirir o iPad.


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