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No Brasil, alto custo deve ser a maior barreira
JULIO WIZIACK
DA REPORTAGEM LOCAL
As teles móveis já estudam
o lançamento do iPad no
Brasil, mas o preço é a principal barreira. A negociação
com a Apple deverá ocorrer
pelas matrizes, nos EUA.
A companhia americana já
sinalizou que, diferentemente do iPhone, cuja distribuição global levou quase dois
anos, o iPad estará nos principais mercados a partir de
abril, no máximo. Para a versão wi-fi, esse prazo é março,
sem restrição de países.
No Brasil, as operadoras
querem o modelo 3G (que
também funciona em wi-fi).
Apesar de ser mais caro, são
poucos os lugares públicos
no país com sinal wi-fi (hotspots) e, para elas, só interessa gerar tráfego de dados em
sua rede, algo que a versão
wi-fi não permite.
Quando o iPhone foi lançado no país, o preço de importação foi de US$ 500, e o
aparelho subsidiado custava
cerca de R$ 1.200 para os
consumidores, sem contar o
pacote de dados.
Cálculos iniciais indicam
que o iPad (3G) não custará
menos de R$ 2.000, já contando o subsídio. Na conta
estão incluídos não só os impostos como a demanda por
esse tipo de equipamento.
Dados do IDC (International Data Corporation) mostram que, no mundo, 0,5%
das vendas de computadores
foram de tablets (categoria a
que pertence o iPad). No
Brasil, a comercialização
desses equipamentos nem
aparece nas pesquisas.
Mesmo assim, para as operadoras, o lançamento do
iPad significa investir em
uma "imagem de inovação".
Esse é o principal motivo que
leva as teles a negociarem
com a Apple.
Antes de fecharem sua estratégia, elas querem saber
se o cliente que já comprou
um iPhone poderá usar seu
pacote de dados também no
iPad. Nos EUA, isso não é
possível. Caso o acesso seja
liberado no Brasil, há chances de que haja mais interessados em adquirir o iPad.
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