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Banco já prepara revolução interna
da Reportagem Local
A afirmação de Lázaro Brandão,
de que a idéia é não fazer grandes
mudanças, minimiza a pequena
revolução que está acompanhando
a troca de comando.
O estatuto está sendo alterado
para revalidar a regra de que o presidente só pode ocupar o cargo até
o limite de 65 anos de idade. A regra havia sido revogada quando
Brandão atingiu a idade limite.
Além disso, o tempo mínimo de
casa para que um funcionário possa integrar a diretoria executiva cai
de 15 anos para 10 anos.
"Queremos agilizar e rejuvenescer a diretoria executiva", afirmou
Brandão. Segundo ele, essa mudança atende a uma exigência da
atualidade. "Quem despontar em
seu trabalho poderá ser trazido
mais rapidamente à diretoria."
O tradicional "mesão" do Bradesco -onde a diretoria trabalha,
sem salas ou divisórias- também
está com os dias contados.
"Passou a fase do colegiado", decretou Brandão. "A troca de informações entre os diretores já não
ocorre com a mesma frequência
do passado." A partir das próximas semanas, cada executivo terá
sua própria mesa com terminal de
computador.
Outros sete executivos estão mudando de cargo. José Luiz Acar
passará de vice-presidente a presidente do BCN. Antonio Bornia,
Dorival Bianchi e Mário Teixeira
passarão de vice-presidentes do
Bradesco a membros do conselho.
Para o lugar dos últimos três, serão promovidos os diretores-gerentes Luiz Trabuco Cappi, Arnaldo Alves Vieira e Laércio Albino
Cezar.
Nenhum outro membro será incorporado à executiva, que será
enxugada. O número de executivos cairá de 21 para 17.
Segundo Brandão, o novo cargo
não trará uma redução significativa em sua jornada diária, que hoje
é de 12 horas.
"O conselho do banco hoje é
muito formal. Queremos que ele
exercite um trabalho de bastante
profundidade a partir de agora,
tornando-se mais efetivo", disse
ele.
O conselho passará a traçar as
grandes estratégias do banco. A
principal atribuição que será incorporada ao conselho é fusões e
aquisições. Ou seja, a partir de agora, quem dá a palavra final sobre
compra de empresas e privatizações é o conselho do Bradesco.
Brandão tem em mente poder
circular pelas agências do banco
em todo o país. "Na presidência,
havia muita dificuldade em me
deslocar, ficava muito preso à mesa. Agora, quero conhecer o dia-a-dia das agências."
Ainda tímido no novo cargo, em
relação a mudanças na gestão,
Cypriano disse apenas que o banco
pretende ser mais agressivo na
conquista de grandes empresas como clientes. "A área de varejo continuará forte", garantiu.
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