DA ENVIADA ESPECIAL A CARACAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou a queda de 0,2% do PIB (Produto Interno Bruto) no ano passado e preferiu destacar a retomada do crescimento econômico no último trimestre de 2003 em relação ao trimestre anterior (julho a setembro).
Por meio do secretário de imprensa, Ricardo Kotscho, Lula afirmou que "a economia já mostrou sinais de recuperação, com crescimento de 1,5% no último trimestre. Neste [trimestre] certamente vamos crescer mais".
Sua declaração foi dada em Caracas após reunião com os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Argentina, Néstor Kirchner. Lula, que retornaria ontem à noite ao Brasil, foi para aquele país participar de reunião do G15, grupo de 19 países em desenvolvimento de América Latina, África, Ásia e Caribe.

Ainda a herança
Em Brasília, o ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que o desempenho do PIB em 2003 é resultado da política econômica do governo Fernando Henrique Cardoso.
"O Brasil está pagando um alto preço pelo terror praticado na economia durante oito anos", afirmou o ministro.
Segundo ele, 2004 será um ano de crescimento e geração de emprego. O Ministério do Trabalho destaca que em janeiro deste ano foram gerados 100 mil empregos formais, o que é um recorde para o período de acordo com a pesquisa mensal sobre o mercado formal realizada pelo ministério desde 1992.
Para Berzoini, este será um ano de investimento em construção civil e serviços, setores com alta capacidade de gerar emprego -em 2003, a construção civil foi o subsetor com maior retração.


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