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MERCADO FINANCEIRO
Cresce entrada de estrangeiros na Bolsa
da Reportagem Local
O capital estrangeiro voltou com
mais força à Bolsa em fevereiro.
Levantamento divulgado pela Bovespa mostra que até o dia 20 a entrada líquida estava em R$ 699,9
milhões. O acumulado no ano está
em R$ 857,1 milhões.
Até o dia 20, os estrangeiros
compraram R$ 3,3 bilhões em
ações e venderam R$ 2,6 bilhões.
É o segundo mês consecutivo de
retorno dos estrangeiros após a
crise financeira de outubro de 97.
Em janeiro, no entanto, o ingresso
havia sido bem mais tímido: R$
157,2 milhões.
Nos últimos dias do mês, segundo analistas, os estrangeiros estiveram mais ausentes.
Esse foi um dos fatores que deixaram a Bovespa praticamente estável ontem. O Ibovespa fechou
com pequena alta de 0,13%, depois de operar no "zero a zero"
durante o dia todo. Na quinta-feira, a Bolsa também havia tido desempenho semelhante, com alta
de 0,10%.
No mês, a Bolsa acumulou alta
de 8,7%, demonstrando mais força do que nos meses anteriores.
As ações preferenciais da Cesp
andaram mais forte que a Bolsa e
fecharam com alta de 2,24%. Na
quarta-feira, quando voltaram ao
pregão após serem suspensas no
dia 18, as ações subiram 22,24%.
Na quinta, caíram 3,95%.
Telebrás PN caiu 0,14%, fechando a R$ 138,00 o lote de mil.
Câmbio e juro
O Banco Central realizou o último ajuste da minibanda cambial
ontem. O ajuste foi de 0,10% e,
com isso, a desvalorização do real
no mês ficou em 0,70%. O novo
piso passou a ser R$ 1,130 e o teto
passou a R$ 1,135.
Depois do ajuste, o BC teve que
entrar comprando dólares no
mercado porque a cotação caiu
abaixo do novo piso. O movimento confirma a tendência de forte
entrada de dólares.
Na BM&F, os contratos de dólar
com vencimento em abril (projeção do câmbio de março) subiram
ligeiramente. Para analistas, isso
aconteceu porque, com o fim de
fevereiro, muitos investidores rolaram suas posições dos contratos
de março para os de abril.
O juro caiu mais um pouco no
mercado futuro. Os contratos para
abril recuaram de 33,97% para
33,88%, demostrando que o mercado ainda está ajustando para
baixo as projeções da TBC de março, a ser definida na próxima semana.
(VANESSA ADACHI)
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