São Paulo, sábado, 28 de fevereiro de 1998

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MERCADO FINANCEIRO
Cresce entrada de estrangeiros na Bolsa

da Reportagem Local

O capital estrangeiro voltou com mais força à Bolsa em fevereiro. Levantamento divulgado pela Bovespa mostra que até o dia 20 a entrada líquida estava em R$ 699,9 milhões. O acumulado no ano está em R$ 857,1 milhões.
Até o dia 20, os estrangeiros compraram R$ 3,3 bilhões em ações e venderam R$ 2,6 bilhões.
É o segundo mês consecutivo de retorno dos estrangeiros após a crise financeira de outubro de 97. Em janeiro, no entanto, o ingresso havia sido bem mais tímido: R$ 157,2 milhões.
Nos últimos dias do mês, segundo analistas, os estrangeiros estiveram mais ausentes.
Esse foi um dos fatores que deixaram a Bovespa praticamente estável ontem. O Ibovespa fechou com pequena alta de 0,13%, depois de operar no "zero a zero" durante o dia todo. Na quinta-feira, a Bolsa também havia tido desempenho semelhante, com alta de 0,10%.
No mês, a Bolsa acumulou alta de 8,7%, demonstrando mais força do que nos meses anteriores.
As ações preferenciais da Cesp andaram mais forte que a Bolsa e fecharam com alta de 2,24%. Na quarta-feira, quando voltaram ao pregão após serem suspensas no dia 18, as ações subiram 22,24%. Na quinta, caíram 3,95%.
Telebrás PN caiu 0,14%, fechando a R$ 138,00 o lote de mil.
Câmbio e juro
O Banco Central realizou o último ajuste da minibanda cambial ontem. O ajuste foi de 0,10% e, com isso, a desvalorização do real no mês ficou em 0,70%. O novo piso passou a ser R$ 1,130 e o teto passou a R$ 1,135.
Depois do ajuste, o BC teve que entrar comprando dólares no mercado porque a cotação caiu abaixo do novo piso. O movimento confirma a tendência de forte entrada de dólares.
Na BM&F, os contratos de dólar com vencimento em abril (projeção do câmbio de março) subiram ligeiramente. Para analistas, isso aconteceu porque, com o fim de fevereiro, muitos investidores rolaram suas posições dos contratos de março para os de abril.
O juro caiu mais um pouco no mercado futuro. Os contratos para abril recuaram de 33,97% para 33,88%, demostrando que o mercado ainda está ajustando para baixo as projeções da TBC de março, a ser definida na próxima semana. (VANESSA ADACHI)



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