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ANO DO DRAGÃO
Custo de vida em SP sobe 0,86%; índice mensal deve ser de 0,7%
Recuo na inflação é menor
e Fipe revê taxa para cima
MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO
A inflação continua em queda
em São Paulo, mas com ritmo
menor. É o que mostram os dados
da mais recente pesquisa de preços da Fipe (Fundação Instituto
de Pesquisas Econômicas).
Nos últimos 30 dias até 23 deste
mês, a taxa de inflação recuou para 0,86%, mas ficou muito próxima da divulgada na semana passada -de 0,92%. Essa perda de
ritmo na queda fez a Fipe rever a
previsão de inflação deste mês para 0,70%. A estimativa anterior
era de 0,60%.
Dois itens estão inibindo uma
queda mais rápida da taxa: alimentos "in natura" e remédios.
Os "in natura" ainda acumulam
alta de 5,5%. Embora bem inferior à variação de 9,4% de fevereiro, esses preços se mantêm aquecidos pelas altas do tomate nas últimas semanas. Nos últimos 30
dias o produto subiu 37%, e os
pesquisadores da Fipe constataram que a pressão ainda é de alta.
No caso dos remédios, o aumento de 4% no início do mês começa a refletir no índice e deve
continuar nas próximas semanas.
Segundo Heron do Carmo, coordenador do Índice de Preços ao
Consumidor, as farmácias estão
elevando os preços aos poucos
-as pesquisas da Fipe mostram
reajuste médio de 2,74%.
Sobre a puxada de preços dos
"in natura" e dos remédios, Heron diz que "são pressões localizadas e devem perder força nas próximas semanas". O importante é
que o índice já não sofre tanto as
tensões do petróleo, do câmbio e,
aos poucos, dos efeitos da sazonalidade.
A Fipe registrou aumento de
preços também no setor de habitação, mas a pressão veio apenas
da cobrança de imposto predial.
O aumento acumulado nos últimos 30 dias foi de 7%.
A Fipe mantém a estimativa de
0,50% para abril e diz que o importante agora é saber até onde a
taxa cai. Nos anos anteriores, a inflação sempre recuava para taxas
inferiores a 0,50% neste período.
Neste ano, é provável que a taxa
fique próxima de 0,50% nos próximos meses, diz Heron.
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