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TURISMO
Destinos serão promovidos pela Embratur e 60% ainda precisam de melhorias para serem totalmente adequados à visitação
Brasil define 87 roteiros internacionais
FABÍOLA SALANI
DA REDAÇÃO
Um total de 87 roteiros turísticos do país, envolvendo 483 cidades de todos os Estados, devem
chegar ao Salão do Turismo deste
ano, em junho, com padrão internacional. Para alcançar sua meta,
o Ministério do Turismo disse
que investiu, só em ações chamadas de gestão -como definição
de locais e levantamento de dados-, R$ 25 milhões. E descobriu que o trabalho será difícil.
Mais de 60% dos roteiros visitados pela equipe do ministério
-de um total de 116, ou seja, mais
do que os 87 definidos- não estão nem ao menos em condições
consideradas adequadas para receber um fluxo turístico internacional, disse a diretora do Programa de Regionalização do Turismo do ministério, Tânia Brizolla.
A avaliação se baseia em quatro
verbos: comer, comprar, dormir e
visitar/passear. "Esses 60% de roteiros tinham inadequações em
um ou mais critérios entre esses",
afirmou Tânia Brizolla.
Segundo ela, o trabalho serve
também para definir prioridades
de alocação de recursos, até para
as emendas parlamentares. "No
ano passado, tivemos R$ 1 bilhão
em emendas no Orçamento", disse ela. Só cerca de R$ 100 milhões
foram liberados.
Além dos R$ 25 milhões em gestão, Brizolla afirma que outros
milhões de reais foram investidos
entre infra-estrutura e capacitação -um número que ainda não
foi totalizado.
A falta de sinalização turística,
por exemplo, foi um dos pontos
mais reclamados por turistas estrangeiros, batendo a segurança
na última pesquisa anual da Embratur. E ela é o principal investimento em infra-estrutura feito
pelo ministério, seguida por saneamento básico, recuperação de
orla e construção/reforma de centros de atendimento ao turista.
Dentro do trabalho iniciado em
julho do ano passado, as equipes
do ministério vão voltar aos 87 roteiros entre abril e maio para avaliar quais problemas já foram sanados e o que pode ser feito no
curtíssimo prazo -uma sinalização, um pequeno acesso, por
exemplo, com ajuda orçamentária da pasta. Em junho, segundo
Tânia Brizolla, todos eles entrarão
na rodada de negócios do Salão
do Turismo.
Há cinco roteiros -um por região- em que o ministério desenvolve um trabalho piloto mais
de perto, mais acurado.
São eles: Estrada Real, entre SP,
RJ e MG; Missões/Foz do Iguaçu,
incluindo cidades argentinas e
paraguaias, além das paranaenses, Brasília-Biosfera Goyaz, que
enfoca tanto o patrimônio cultural quanto o místico e aventura,
Delta-Lençóis-Jeri, unindo num
mesmo roteiro produtos de 12 cidades de PI, MA e CE, e Vale do
Acre, que vai até o Peru.
Regionalização
Essa regionalização do turismo
é mais uma parte do plano de aumentar o fluxo turístico de e para
o país. A meta do governo é que
neste ano, 7 milhões de estrangeiros visitem o Brasil -foram 5,5
milhões no ano passado.
Foram autorizados neste ano 86
novos vôos internacionais, somando 800 freqüências semanais,
segundo o ministro do Turismo,
Walfrido dos Mares Guia.
E o Brasil deve gerar R$ 165,2 bilhões (US$ 70,4 bilhões) neste ano
em viagens e turismo, segundo
previsão do World Travel & Tourism Council -incluindo todos
os componentes do setor, com
crescimento de 5,3% na demanda
total em relação ao ano passado.
Confira a lista dos roteiros na
www.folha.com.br/060863
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