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ECONOMIA GLOBAL
Taxa do país deve subir para 4,75% ao ano na primeira reunião do Fed sob o comando de Bernanke
Juro dos EUA deve subir hoje pela 15ª vez
DA REDAÇÃO
O Fed (Federal Reserve, o banco
central dos Estados Unidos) deve
aumentar amanhã a taxa básica
de juros do país pela 15ª vez, em
sua primeira reunião sob o comando do novo presidente do órgão, Ben Bernanke, que tomou
posse em fevereiro.
Na reunião, que começou ontem e termina hoje, os conselheiros do banco devem elevar a taxa
de juros de 4,5% para 4,75% ao
ano. O mercado também aguarda
para ver se o comunicado que
acompanha a decisão trará alguma indicação de que o processo
de alta dos juros, iniciado em junho de 2004, está próximo do fim.
Muitos analistas esperam que
haverá mais uma alta na reunião
de maio, devido a dados conjunturais recentes que apontam para
leves pressões inflacionárias e
produção industrial acelerada.
Um dos fatores que pode causar
pressão inflacionária é a melhora
do mercado de trabalho, que pode se traduzir em salários maiores
e mais consumo.
O processo de alta da taxa foi
iniciado pelo presidente anterior
do Fed, Alan Greenspan, quando
ela estava no seu menor nível em
mais de quatro décadas, 1%. Os
juros haviam baixado para dar
impulso à economia, que passava
por uma recessão.
Hoje o Fed busca trazer os juros
para uma taxa "neutra", que não
estimula nem desaquece a economia norte-americana, que cresce
de forma "robusta", segundo a
maioria dos analistas e o próprio
BC americano.
Enigma
Outra questão que o Fed tem
que levar em conta é o chamado
"enigma" ("conundrum") de por
que as taxas de juros de longo prazo não vêm aumentando, apesar
de o Fed estar subindo os juros.
Na semana passada, Bernanke
falou sobre o assunto e disse que
esse fato poderia levar a taxa
"neutra" a ser mais alta ou mais
baixa que o normal, dependendo
das causas do "enigma".
Uma taxa de juros mais alta nos
Estados Unidos tem conseqüências negativas para os países em
desenvolvimento, porque os títulos do Tesouro americano, considerados os mais seguros, passam
a pagar juros maiores, se tornando mais atraentes.
Com isso, os investidores podem tirar dinheiro de ativos de
países emergentes, como o Brasil,
que carregam maior risco.
Com agências internacionais
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