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Dirigente do Fed vê indícios de recessão
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A economia norte-americana cresceu 0,6% no último trimestre do ano passado, segundo dados do Departamento de
Comércio, e está em condições
semelhantes às de recessões
passadas, de acordo com o presidente do Federal Reserve
(Fed, o BC dos EUA) de Atlanta, Dennis Lockhart.
"Ainda não temos provas suficientes para dizer que a economia está em recessão, mas é
claro que registra uma desaceleração parecida com a dos períodos que levaram a uma recessão no passado."
Entre os motivos que explicam a análise pessimista, ele citou a contração do mercado
imobiliário e o efeito das turbulências financeiras nos gastos
dos lares e das empresas que
podem persistir até o fim do
ano. "A recuperação que eu esperava para o segundo semestre pode atrasar-se."
Não houve revisão nos dados
gerais no PIB do último trimestre de 2007, mas o crescimento
foi o mais baixo desde o mesmo
período de 2002, quando a economia cresceu 0,2%.
Segundo os dados divulgados
ontem, o consumo das famílias
-responsáveis por cerca de
70% da economia dos EUA-
desacelerou de 2,8%, no terceiro trimestre do ano passado,
para 2,3%, no último.
A explicação para a retração,
segundo o Departamento de
Comércio, são o baixo investimento em estoque, a redução
de exportações, de gastos do
governo e do consumidor.
Economistas acreditam que
o crescimento no primeiro trimestre deste ano pode ser até
menor que o do último de 2007.
Para ser considerada em recessão, a economia tem de se manter em contração por seis meses consecutivos.
Lockhart, que não vota este
ano nas reuniões do Fomc (comitê de política monetária do
BC dos EUA), estima que será
preciso esperar boa parte do
ano até que os preços do setor
imobiliário parem de cair e o
mercado voltem à estabilidade.
Com agências internacionais
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