São Paulo, sexta-feira, 28 de março de 2008

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Dirigente do Fed vê indícios de recessão

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A economia norte-americana cresceu 0,6% no último trimestre do ano passado, segundo dados do Departamento de Comércio, e está em condições semelhantes às de recessões passadas, de acordo com o presidente do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) de Atlanta, Dennis Lockhart.
"Ainda não temos provas suficientes para dizer que a economia está em recessão, mas é claro que registra uma desaceleração parecida com a dos períodos que levaram a uma recessão no passado."
Entre os motivos que explicam a análise pessimista, ele citou a contração do mercado imobiliário e o efeito das turbulências financeiras nos gastos dos lares e das empresas que podem persistir até o fim do ano. "A recuperação que eu esperava para o segundo semestre pode atrasar-se."
Não houve revisão nos dados gerais no PIB do último trimestre de 2007, mas o crescimento foi o mais baixo desde o mesmo período de 2002, quando a economia cresceu 0,2%.
Segundo os dados divulgados ontem, o consumo das famílias -responsáveis por cerca de 70% da economia dos EUA- desacelerou de 2,8%, no terceiro trimestre do ano passado, para 2,3%, no último.
A explicação para a retração, segundo o Departamento de Comércio, são o baixo investimento em estoque, a redução de exportações, de gastos do governo e do consumidor.
Economistas acreditam que o crescimento no primeiro trimestre deste ano pode ser até menor que o do último de 2007. Para ser considerada em recessão, a economia tem de se manter em contração por seis meses consecutivos.
Lockhart, que não vota este ano nas reuniões do Fomc (comitê de política monetária do BC dos EUA), estima que será preciso esperar boa parte do ano até que os preços do setor imobiliário parem de cair e o mercado voltem à estabilidade.


Com agências internacionais


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