São Paulo, Domingo, 28 de Março de 1999
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Cortar custos é rota alternativa

da Reportagem Local

Espremidas pela desvalorização cambial e pela dificuldade de aumentar preços, as companhias estão começando a mexer onde podem: nos seus custos.
Na semana passada, a Varig anunciou um plano para cortar US$ 160 milhões. A primeira medida foi a devolução de 12 jatos.
Além disso, o presidente da empresa, Fernando Pinto, acenou com uma redução do número de funcionários, que hoje é de 17 mil.
A cifra do corte anunciado impressiona. É grande para qualquer empresa. No caso da Varig entretanto, os especialistas destacam que o número é pequeno comparado ao endividamento da companhia, que chega a US$ 1,8 bilhão.
Quase todas as companhias também já suprimiram alguns vôos considerados mais deficitários.
É na otimização de vôos que está apoiada a estratégia que a Transbrasil está adotando para tentar adequar seus custos às suas receitas.
A companhia suspendeu três vôos recentemente. Um noturno para Miami, um para Londres e outro para Amsterdã.
O principal exemplo da nova estratégia está na Europa. Lá, a empresa verificou que apenas os vôos para Lisboa tinham uma demanda satisfatória. Então, decidiu transformar a capital portuguesa no ponto irradiador de passageiros para a Europa.
Ou seja, a empresa quer levar para Lisboa todos seus passageiros que pretendem ir à Europa.
Em consequência da desvalorização, a TAM decidiu adiar seu cronograma de recebimento de novas aeronaves.


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