ALESSANDRO SILVA
da Folha Ribeirão

Na contramão da crise, empresários elegeram a região de Ribeirão Preto como alvo para investimentos, principalmente nas áreas de entretenimento e comércio.
O motivo da escolha é o próprio potencial de consumo local: são 4 milhões de habitantes em um raio de 200 quilômetros -quase um quarto da população da Grande São Paulo.
Dois novos centros de compras serão inaugurados nos próximos seis meses em Ribeirão Preto, o que representa investimento de aproximadamente R$ 160 milhões.
Somente o Grupo Savoy terá 240 lojas no Novo Shopping, ao lado da rodovia Anhanguera -principal via de trânsito regional.
"Fizemos um estudo nas maiores cidades do interior e Ribeirão Preto surgiu como a mais atraente, pela renda per capita da população e pela localização geográfica", diz Júlio César Rodrigues Abrão, superintendente do Novo Shopping. O terceiro shopping da cidade, o Santa Úrsula, terá mais 183 lojas.
Juntos, os dois empreendimentos irão contratar cerca de 5.000 pessoas -número que equivale a 25% dos pedidos de seguro-desemprego recebidos pela Caixa Econômica Federal em 98.
Em outras palavras, haverá duas vezes mais salas de cinema na cidade, mais restaurantes e supermercados disponíveis à população.
Em meio à alta do valor do dólar, em janeiro passado, empresários inauguraram uma nova casa noturna em Ribeirão Preto.
"As pessoas precisam esquecer os efeitos do dia. Daí a importância desse tipo de investimento neste período de crise", afirma o advogado José Vasconcelos, um dos donos da Cattedrale.
A casa noturna é a quinta a ser inaugurada na avenida Presidente Vargas, uma das mais movimentadas da cidade, em um espaço de aproximadamente 2 quilômetros.
Na mira, além da população de Ribeirão, estão os consumidores das cidades vizinhas, que acabam atraídos pelo comércio e pelas opções de entretenimento.
Em Barretos, a cidade da Festa do Peão, o "turismo country" é o principal fator que alavanca os investimentos locais.


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