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Situação do país continua caótica
da Redação
A situação financeira russa continua tão caótica quanto às vésperas da crise que levou à moratória.
De maio a julho deste ano, o país
precisa pagar US$ 6 bilhões. No total, US$ 17,5 bilhões vencem em 99,
e a dívida externa chega a US$ 140
bilhões. Na quinta-feira, o banco
central da Rússia informou que
suas reservas estão hoje em US$
11,2 bilhões, o nível mais baixo em
três anos.
Em meio à panacéia financeira, o
governo russo se reconfortava na
semana passada de que a economia neste trimestre recuara cerca
de 7%, dois pontos percentuais
menos do que se previa.
Em janeiro, a inflação anual chegou a 100%. Funcionários públicos
estão com salários em atraso de até
um ano. A renda per capita caiu,
em dólar, mais de 50% desde agosto, e o país reúne mais de 42 milhões de habitantes abaixo da linha
da pobreza.
A visita de Camdessus deve se estender até amanhã. Autoridades
russas querem fechar um novo
acordo até abril. Analistas dizem,
no entanto, que há poucas chances
de uma solução rápida.
Ao mesmo tempo, consideram
que o colapso total da Rússia seria
embaraçoso e indesejável para o
Ocidente, que vinha ajudando na
reforma do país desde 1991, após o
fim do regime comunista.
Apesar disso, os Estados Unidos
ainda têm interesse em ajudar a
Rússia, ainda uma potência nuclear. "Se a Rússia se desestabilizar, os custos para os Estados Unidos serão muito maiores do que se
pode imaginar", reconheceu o secretário do Tesouro norte-americano, Robert Rubin.
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