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MERCADO ABERTO
Ata do Copom tranqüiliza mercado
Ao assinalar que a flexibilização da política monetária será conduzida com mais parcimônia a partir de agora, a
ata do Copom demonstrou de
forma clara que o Banco Central
não irá se influenciar por pressões externas para acelerar o processo de redução dos juros. O
mercado financeiro recebeu
muito bem o recado do Banco
Central.
Nas últimas semanas, o mercado se assustou com o aumento
do volume de gastos do governo
federal. O receio era de que essa
atitude mais expansionista viesse
a se refletir em aumento de preços e, portanto, na volta da inflação. A ata do Copom indica que o
Banco Central irá manter seu papel de bombeiro contra o risco da
alta inflacionária.
Segundo Paulo Leme, economista da Goldman Sachs, o documento mostrou muita maturidade e senso de responsabilidade
do Banco Central. "A ata me dá
confiança de o BC estar exercendo o seu papel de guardião da
moeda", diz ele.
De acordo com Leme, isso não
significa que os cortes de juros tenham chegado ao fim, a partir de
agora. A interpretação do mercado foi de que o processo de redução da Selic continua, mas em ritmo mais lento. Tanto que as
apostas para a queda de juros se
estenderam para prazos mais
longos. "O grande corte talvez
não se dê nessa administração, e
fique para 2007", diz Leme.
A ata do Copom deixou clara
também a forte divergência que
ainda existe entre o ministro da
Fazenda, Guido Mantega, e a
equipe de Henrique Meirelles.
Mantega defende a manutenção
de um ritmo mais forte no processo de redução dos juros, enquanto Meirelles tem mantido
um perfil mais conservador.
De acordo com pessoas próximas ao Palácio do Planalto, Meirelles, que já esteve no ano passado com a cabeça a prêmio, nunca
esteve tão forte no governo Lula,
nem quando Antonio Palocci estava à frente da Fazenda.
"DIQUE SECO"
Sete empresas, entre elas a Camargo Corrêa, entraram com recurso contestando o resultado da
licitação feita pela Petrobras para
construção e reparo das plataformas marítimas ("dique seco"). A
licitação, realizada pela Rio Bravo, foi vencida pelo Estaleiro Rio
Grande, com uma proposta de
R$ 157,6 milhões. Em segundo,
ficou a Camargo Corrêa, com R$
158,7 milhões.
JARDIM DOS PRAZERES
Começa hoje em São Paulo a décima edição da Erótika Fair
que, neste ano, se propõe a oferecer um parque de diversões
adulto: com exposição de arte erótica, festas temáticas, peças de
teatro, entre outras atrações. "O objetivo do evento não é chocar o público", diz Evaldo Shiroma, organizador da feira. Com
40 expositores em 8 mil m2 e investimentos de R$ 300 mil, a Erótika Fair, que vai até 21 de maio, tem como objetivo gerar R$ 4
milhões em negócios. O setor de produtos eróticos movimenta
R$ 800 milhões ao ano em todo o Brasil, sendo São Paulo responsável por 40% desse montante.
ALÉM DA CERVEJA
O "casamento" entre futebol e
cerveja no Brasil pode estar sacramentado, mas ainda há espaço
para outras bebidas. Com esse espírito, a gigante mundial Diageo
decidiu, pela primeira vez, investir "pesado" na Copa do Mundo
no país, que terá cerca de um terço do orçamento de marketing da
Johnnie Walker neste ano. "Na
Copa passada, os jogos eram de
madrugada. Mas, neste ano, serão à tarde e irão invadir a happy
hour, o que nos motivou a adotar
essa estratégia", diz Eduardo
Bendzius, diretor da Diageo. As
ações previstas incluem o lançamento de uma linha de copos
com motivos que remetam à
competição e parceria com cem
bares em São Paulo, Recife e Salvador, além de anúncios que ligam o "striding man", ícone da
marca de uísque, aos adversários
da seleção brasileira na primeira
fase do Mundial, por exemplo.
AGORA VAI
Será publicada hoje, no Diário
Oficial, a portaria assinada por
Hélio Costa (Comunicações)
que permite o uso do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações) para
instalar telefones especiais em
700 instituições de apoio a deficientes. O projeto custa R$ 7 milhões e será o primeiro a receber
recursos do fundo. O Fust já arrecadou R$ 4 bilhões.
TELA QUENTE
O leilão da Christie's, na terça em NY, promete. O destaque é
"L'Arlésienne, Madame Ginoux", de Vincent van Gogh. Os retratos do holandês costumam levantar somas milionárias
-US$ 71,5 milhões por "Auto-Retrato com Barba", em 1998.
A Christie's e a família Bakwin, que comprou a obra em 1929
por menos de US$ 100 mil, já devem estar gastando por conta.
JÓIA RARA
Por R$ 10 mil, os brasileiros já
podem comprar a nova "jóia" da
tradicional relojoaria suíça Rado.
A empresa acaba de lançar mundialmente o modelo Sintra XXL,
um relógio de cristal de safira, que
agora chega ao Brasil. Na cor preta, com numerais arábicos, ele é
construído de forma a permitir o
usuário ver todo o mecanismo de
funcionamento. Os interessados,
no entanto, terão de ser rápidos: o
Brasil receberá apenas dez peças.
ALÉM DAS ELEIÇÕES
Juan Quirós, presidente da
Apex, assina hoje convênios para
garantir a continuidade das
ações de promoção das exportações para além das eleições. Os
parceiros são seis entidades setoriais de objetos de decoração e cinema a materiais de defesa e produtos gráficos. O investimento é
de R$ 19 milhões.
TECNOLOGIA
A Value Team, do grupo italiano de TI Value Partners, acaba
de consolidar a compra das brasileiras Relacional e Mitsucon. A
operação representou investimento de R$ 28 milhões.
NOVA LOJA
A Lojas Americanas inaugura
mais uma unidade da rede na
próxima semana. A loja fica na
no Parque da Mooca, em São
Paulo. Com investimentos de R$
2,5 milhões, o local terá mais de
20 mil m2 de área de vendas.
SAMBA NA ACADEMIA
A Nacional Academy of Science dos EUA acaba de ganhar seu
sexto membro brasileiro. O economista e matemático Aloisio
Pessoa de Araújo, professor da
EPGE/FGV, acaba de ser eleito
membro da instituição, que tem
mais de 2 mil pesquisadores,
sendo 61 de economia.
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