São Paulo, terça, 28 de abril de 1998

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OCDE pede maior rapidez na implantação de reformas na Ásia

RODRIGO AMARAL
de Paris

A OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômicos), que reúne os 29 países com maior nível de industrialização, pediu ontem mais rapidez na implantação de reformas econômicas pelos países da Ásia atingidos pela crise do ano passado.
Em informe divulgado ontem, primeiro dia da reunião dos ministros da OCDE, em Paris, a entidade exortou "os países afetados pela crise a implementar aceleradamente as reformas recomendadas e acertadas com o FMI (Fundo Monetário Internacional)".
Para evitar a proliferação da crise, a organização pede que os países atingidos ou não mantenham seus mercados abertos e "resistam a pressões protecionistas''.
A OCDE também elogiou o plano de medidas econômicas anunciado pelo governo japonês na última sexta-feira e, de modo mais geral, os esforços do governo sul-coreano para superar a crise.
As iniciativas japonesas foram elogiadas pelo presidente do FMI, Michel Camdessus, que estava presente no encontro.
A reunião divulgou ainda um balanço da convenção que trata da corrupção de funcionários públicos em transações internacionais, assinada por 28 países da OCDE e cinco não-membros, entre os quais o Brasil e a Argentina.
Os 33 signatários se comprometeram a aprovar a legislação referente à convenção até o final deste ano. Sobre o Brasil, o relatório afirma que a tramitação do texto no Congresso pode ser atrasada devido às eleições deste ano.
A reunião da OCDE segue hoje. O principal ponto a ser debatido é a elaboração do Acordo Multilateral sobre Investimentos, que pode criar regras comuns para investimentos em países estrangeiros. França e EUA divergem sobre os termos do acordo, e a discussão pode acabar ficando para o futuro.



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