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OCDE pede maior rapidez na implantação de reformas na Ásia
RODRIGO AMARAL
de Paris
A OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômicos), que reúne os 29 países
com maior nível de industrialização, pediu ontem mais rapidez na
implantação de reformas econômicas pelos países da Ásia atingidos pela crise do ano passado.
Em informe divulgado ontem,
primeiro dia da reunião dos ministros da OCDE, em Paris, a entidade exortou "os países afetados
pela crise a implementar aceleradamente as reformas recomendadas e acertadas com o FMI (Fundo
Monetário Internacional)".
Para evitar a proliferação da crise, a organização pede que os países atingidos ou não mantenham
seus mercados abertos e "resistam a pressões protecionistas''.
A OCDE também elogiou o plano de medidas econômicas anunciado pelo governo japonês na última sexta-feira e, de modo mais
geral, os esforços do governo
sul-coreano para superar a crise.
As iniciativas japonesas foram
elogiadas pelo presidente do FMI,
Michel Camdessus, que estava
presente no encontro.
A reunião divulgou ainda um
balanço da convenção que trata da
corrupção de funcionários públicos em transações internacionais,
assinada por 28 países da OCDE e
cinco não-membros, entre os
quais o Brasil e a Argentina.
Os 33 signatários se comprometeram a aprovar a legislação referente à convenção até o final deste
ano. Sobre o Brasil, o relatório
afirma que a tramitação do texto
no Congresso pode ser atrasada
devido às eleições deste ano.
A reunião da OCDE segue hoje.
O principal ponto a ser debatido é
a elaboração do Acordo Multilateral sobre Investimentos, que pode
criar regras comuns para investimentos em países estrangeiros.
França e EUA divergem sobre os
termos do acordo, e a discussão
pode acabar ficando para o futuro.
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