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CRÉDITO
Governo estuda reunir no BNDES crédito a exportação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com o objetivo de reduzir
a burocracia e a lentidão da
liberação de crédito público
a exportadores, o governo estuda reunir no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)
todas as operações que envolvem o financiamento público das exportações.
Pretende-se adaptar parte
da estrutura do banco para
criar uma espécie de Eximbank -instituição especializada em operações de comércio exterior, como há nos
EUA, no Japão e em outros
países. A ideia vem sendo
anunciada de forma intermitente desde, pelo menos, o
primeiro governo FHC, passando pelos dois mandatos
de Luiz Inácio Lula da Silva.
O Ministério do Desenvolvimento e o presidente do
BNDES, Luciano Coutinho,
confirmaram que a área econômica mantém discussões
sobre a proposta, relançada
anteontem com declarações
do ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, ao jornal "O Estado de S. Paulo".
"A iniciativa vem suprir
uma lacuna. Vários países do
mundo têm uma agência especializada em financiamento das exportações. O Brasil
precisa se atualizar nessa
matéria", disse Coutinho.
Segundo ele, a criação do
Eximbank no formato de
uma subsidiária do BNDES
dependeria da uma lei que
autorizasse a instituição a fazer operações além do simples financiamento das exportações, como a oferta de garantias e seguros.
Na prática, o governo poderá reunir no banco as operações de crédito hoje estão
diluídas entre o BNDES e o
Banco do Brasil, que opera o
Proex (programa oficial de
financiamento com subsídios) -o que pode gerar resistências do BB. Também
iriam para o BNDES as avaliações de risco e autorizações para o seguro das operações, atualmente feito pelo
Comitê de Financiamento e
Garantia das Exportações,
um colegiado de ministros.
O vice-presidente da Associação de Comércio Exterior
do Brasil, José Augusto de
Castro, disse que a subsidiária do BNDES, se criada, pode agilizar a liberação de financiamento ao "concentrar
em um único local o centro
da decisão" do crédito.
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