São Paulo, sexta-feira, 28 de junho de 2002

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PIB vai a R$ 294,7 bi no 1º trimestre

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

As empresas reduziram seus investimentos em produção e o consumo das famílias teve uma pequena melhora. É isso o que revela o PIB (Produto Interno Bruto), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cujo valor atingiu R$ 294,7 bilhões no primeiro trimestre deste ano.
Divulgados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dados do PIB mostram queda de 8,4% nos investimentos em novas instalações e máquinas para a produção no primeiro trimestre de 2002 ante igual período de 2001.
De acordo com economistas ouvidos pela Folha, a queda nos investimentos se deve ao aumento do custo dos financiamentos, à manutenção dos juros elevados e ainda ao racionamento de energia, que adiou novos projetos.
"Foi uma queda espetacular [os 8,4%". O fator preponderante foi uma taxa de juro muito alta", disse o economista-sênior do BankBoston, Marcelo Cypriano.
Já o consumo familiar caiu menos no primeiro trimestre. Ele teve uma redução de 1,32% em relação a igual período de 2001, contra um recuo de 3,27% no último trimestre de 2001.
Para Luiz Suzigan, da consultoria LCA, a renda está caindo menos, impulsionada pelo aumento do salário mínimo e pelo pagamento de benefícios sociais (bolsa-escola, Previdência etc.).
Ontem, o IBGE não revisou nenhum dado do PIB trimestral, cuja variação já havia sido divulgada no final de maio. Com isso, foram confirmados o crescimento de 1,34% no primeiro trimestre na comparação com os últimos três meses de 2001 e a queda de 0,73% ante o primeiro trimestre de 2001.
A LCA estima crescimento do PIB de 1,75% neste ano. O BBV Banco, de 2,5%.



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