São Paulo, domingo, 28 de junho de 1998

Próximo Texto | Índice

PAINEL S/A


Porta aberta
Entre julho e setembro, vencem aproximadamente US$ 6 bilhões em operações "63 caipira" -uma das portas que foi utilizada para a entrada no país de dinheiro de curto prazo, atraído pelos juros escorchantes.

Em compensação
O diretor do BC, Demósthenes Madureira, disse acreditar que parte das "63" será renovada por dois anos. A saída do restante (a maioria) será compensada pela entrada de recursos com a privatização da Telebrás.

Dedo no gatilho
Para analistas, dependendo da evolução da crise asiática, deverão ficar no país somente entre 25% e 40% dos recursos aplicados. Segundo eles, o dinheiro simplesmente não será remetido -vai ficar no overnight e pode deixar o país a qualquer momento.

Prazo de validade
Nas palavras de um analista: "Tem dinheiro para o Brasil no exterior, mas só de curto prazo". Culpa das eleições.

Cabra-cega
Para o empresário Mário Bernardini, o que assusta os investidores estrangeiros é a insegurança da economia brasileira e não as pesquisas eleitorais. "Os investimentos não vão sumir do país caso FHC não seja reeleito. Só os especuladores devem sair e nos fazem um favor."

Rasgando o calendário
Bernardini acredita que a economia não deve mostrar grandes sinais de recuperação neste ano. "Todo ano, o Brasil só começa a funcionar depois do Carnaval. Este ano ainda não começou. Nem vai começar. É Carnaval, depois Copa, depois eleição."

Bolso cheio
Os Estados brasileiros devem ter em mãos entre R$ 9 bilhões e R$ 11 bilhões até o final de 98, provenientes das privatizações. A previsão é do Morgan Stanley.

#PREENCHA O TITULO AQUI#


Batendo o martelo
O preço mínimo do Banespa deve ficar em R$ 7,9 bilhões, segundo levantamento feito pela Austin Asis. O lance mínimo, pelo controle de 51% das ações ordinárias (que dão direito a voto), deve ficar ao redor de R$ 2 bilhões.

Pé no acelerador
Técnicos da CVM acreditam que a aprovação da cisão da Telebrás em 12 companhias (que vai possibilitar a emissão das ações correspondentes) deve sair até a terceira semana de julho. Estão sendo analisadas caixas de documentos.

Fazendo a travessia
A Hedging-Griffo prepara o lançamento, para o final de julho, do fundo Vortex, de investimento nos chamados "hedge funds" (fundos de proteção internacionais). A idéia é escapar do risco dos mercados emergentes e do risco específico de um mercado como, por exemplo, a Bolsa de Valores de Nova York.

Cota estrangeira
A próxima carta da Sobeet afirma que o censo de capitais estrangeiros identificou que as empresas multinacionais que operam no Brasil detinham, em 95, 31,3% da dívida externa total brasileira.

"Hot money"
Segundo o censo, diz a carta da Sobeet, a dívida de curto prazo das múltis somava US$ 26,2 bilhões -"muito acima do que esperávamos". A dívida de longo prazo era de US$ 28,1 bilhões.

Ladeira abaixo
As rodovias sob gestão privada conseguiram reduzir em aproximadamente 30% o coeficiente de acidentes (relação entre número de acidentes e número de veículos que utilizaram a rodovia) entre setembro de 97 e maio deste ano.

Prevenção e obras
Segundo Moacyr Duarte, presidente da ABCR (reúne os concessionários de rodovias), a redução reflete os novos investimentos feitos e "também o impacto favorável do novo código de trânsito".

Entrando em campo
O governador de Roraima, Neudo Campos (PPB), assumirá as negociações com fazendeiros locais, que não estão dispostos a ceder parte de suas terras para a instalação de torres de transmissão de energia elétrica vinda da Venezuela. Campos quer evitar a interrupção do projeto de interiorização da energia.

E-mail: painelsa@uol.com.br



Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.