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Empresas exigem escolaridade
do Conselho Editorial
Uma pista sobre as razões da dificuldade de emprego entre os jovens pode ser encontrada nos indicadores do IBGE sobre o perfil
do trabalhador brasileiro.
"É inequívoco que, ano a ano,
as empresas sobem suas exigências", afirma José Pastore, da
Universidade de São Paulo.
De 1992 até 1996, o emprego para
quem tem abaixo de 5 anos de escolaridade caiu 8%. Mas, para
quem tem de 5 a 8 anos de escolaridade, subiu 20%. Mais revelador
ainda: para quem tem entre 9 e 11
anos de estudo, pulou 28%.
O professor Pastore fez esse cruzamento nas regiões metropolitanas e a tendência apareceu ainda
mais nítida.
Na categoria de até 5 anos de estudo, o emprego caiu 29%. Mas,
para que estudou de 9 a 11 anos,
subiu 27%.
A proposta em estudo no Ministério da Educação é induzir os Estados a oferecer cursos profissionalizantes, adaptados à realidade
de cada região.
O fato é que cada vez mais vai ser
difícil para pessoas de baixa escolaridade conseguir e manter seu
emprego. Certas empresas já exigem segundo grau até para tarefas
como faxineiro ou motorista.
Contrato temporário
Na sexta-feira, o ministro Pedro
Malan (Fazenda) afirmou que o
governo está estudando a criação
de contratos temporários de trabalho específicos para jovens, como os que estão sendo usados na
França.
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