São Paulo, sexta-feira, 28 de julho de 2000


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JUROS
EUA e petróleo não preocupam
Copom espera cenário externo favorável

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco Central já traça um cenário mais favorável para o preço do petróleo e para os juros norte-americanos, os dois fatores externos que obrigaram o governo a dar um aperto nos juros no semestre passado.
"No tocante ao petróleo, a tendência de alta das cotações parece ter-se esgotado", afirma a ata da reunião da semana passada do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, divulgada ontem.
O documento acrescenta ainda que, graças à melhora nas expectativas para o preço do petróleo, os investidores também estão reduzindo os juros exigidos para emprestar dinheiro a países emergentes.
A avaliação do Banco Central sobre o petróleo mudou consideravelmente no espaço de apenas um mês.
Na sua reunião de junho, o Copom traçou um cenário mais sombrio, afirmando que o petróleo tinha sido o único fator de incerteza que havia tido um desfecho adverso.

Juros nos EUA
Houve melhora considerável também na expectativa de alta dos juros norte-americanos.
Agora, a expectativa é que haja um aumento de 0,25 ponto percentual nos juros norte-americanos até o final no ano. Em fins de junho, a expectativa era alta de 0,5 ponto percentual. Hoje, os juros nos Estados Unidos estão em 6,5% ao ano.
Petróleo e juros norte-americanos foram os dois fatores externos que obrigaram o BC a frear a queda dos juros a partir de março passado, deixando a taxa estacionada em 18,5% anuais por três meses.
A manutenção dos juros altos levou à revisão das expectativas de crescimento econômico do Brasil.
A princípio, o BC achava que a expansão da economia poderia superar 4%, mas agora são grandes as chances de um crescimento menor que isso.


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