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CONJUNTURA
Ata do Copom é divulgada
Inflação sob controle definiu queda de juros
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco Central avaliou os possíveis impactos na economia do
caso Eduardo Jorge ao decidir pela baixa dos juros básicos da economia, mas acabou prevalecendo
a boa expectativa para a inflação
neste ano e em 2001.
"Apesar dos ruídos originados
do lado político, as expectativas
não foram alteradas", afirma a ata
da reunião do Copom do BC realizada na semana passada. O documento assinala que o caso não
provocou pressão nos juros cobrados pelos estrangeiros para
emprestar ao país nem na procura por proteção contra possível alta do dólar.
Na semana passada, o Copom
reduziu os juros básicos da economia de 17% para 16,5% anuais.
Ao anunciar a queda, o BC se limitou a declarar que havia melhorado suas expectativas de inflação para 2000 e 2001.
Em junho, o BC havia anunciado que previa inflação de 5,6% este ano, abaixo da meta para o ano,
fixada em 6% pelo governo.
A expectativa melhorou em julho, mas o BC não forneceu os novos números. "O dado só será divulgado em setembro", disse o diretor de Política Monetária do BC,
Luiz Fernando Figueiredo.
A ata traz apenas pistas do que,
na visão do Copom, contribuiu
para a melhora da expectativa de
inflação. Um desses pontos é o ritmo mais moderado de crescimento da economia no segundo
trimestre, que ajudará a atenuar
as pressões inflacionárias. A alta
menor que a esperada nos combustíveis também pesou favoravelmente. O Ministério da Fazenda queria um aumento de 18% a
21% no preço da gasolina fornecida às refinarias, mas teve que se
contentar com 15%.
Graças à alta menos agressiva
nos preços dos combustíveis, o
BC reviu de 12,2% para 11,2% sua
expectativa para o aumento das
tarifas públicas neste ano, afirma
a ata divulgada ontem.
Também pesou na queda dos
juros o IPCA do mês passado, que
ficou em 0,23%, enquanto o governo esperava 0,30%.
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