São Paulo, sexta-feira, 28 de julho de 2000


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CONJUNTURA
Ata do Copom é divulgada
Inflação sob controle definiu queda de juros

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco Central avaliou os possíveis impactos na economia do caso Eduardo Jorge ao decidir pela baixa dos juros básicos da economia, mas acabou prevalecendo a boa expectativa para a inflação neste ano e em 2001.
"Apesar dos ruídos originados do lado político, as expectativas não foram alteradas", afirma a ata da reunião do Copom do BC realizada na semana passada. O documento assinala que o caso não provocou pressão nos juros cobrados pelos estrangeiros para emprestar ao país nem na procura por proteção contra possível alta do dólar.
Na semana passada, o Copom reduziu os juros básicos da economia de 17% para 16,5% anuais. Ao anunciar a queda, o BC se limitou a declarar que havia melhorado suas expectativas de inflação para 2000 e 2001.
Em junho, o BC havia anunciado que previa inflação de 5,6% este ano, abaixo da meta para o ano, fixada em 6% pelo governo.
A expectativa melhorou em julho, mas o BC não forneceu os novos números. "O dado só será divulgado em setembro", disse o diretor de Política Monetária do BC, Luiz Fernando Figueiredo.
A ata traz apenas pistas do que, na visão do Copom, contribuiu para a melhora da expectativa de inflação. Um desses pontos é o ritmo mais moderado de crescimento da economia no segundo trimestre, que ajudará a atenuar as pressões inflacionárias. A alta menor que a esperada nos combustíveis também pesou favoravelmente. O Ministério da Fazenda queria um aumento de 18% a 21% no preço da gasolina fornecida às refinarias, mas teve que se contentar com 15%.
Graças à alta menos agressiva nos preços dos combustíveis, o BC reviu de 12,2% para 11,2% sua expectativa para o aumento das tarifas públicas neste ano, afirma a ata divulgada ontem.
Também pesou na queda dos juros o IPCA do mês passado, que ficou em 0,23%, enquanto o governo esperava 0,30%.



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