DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo espera recomeçar o processo de privatização das rodovias federais em outubro, quando deve sair o edital de quatros lotes. Estarão incluídas as chamadas rodovias do Mercosul: Fernão Dias (São Paulo-Belo Horizonte), Régis Bittencourt (São Paulo-Curitiba) e trechos das BRs 376 e 101.
A retomada do processo de privatização já havia sido anunciada em setembro do ano passado, pelo então ministro Anderson Adauto (Transportes). Naquela ocasião, o governo havia modificado os editais herdados da administração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso porque temia que os critérios usados pelo governo passado levassem a um "choque tarifário" nos pedágios. Pelos cálculos do governo, o preço do pedágio poderia chegar a R$ 6,80 a cada cem quilômetros.
Ontem, o governo anunciou que o processo de privatização será nos mesmos moldes do que já havia sido anunciado em setembro. Os leilões serão na Bolsa de Valores de São Paulo. Vencerá a disputa a empresa ou consórcio que oferecer o menor valor para a tarifa de pedágio. O prazo de concessão é de 25 anos.
No total, o governo pretende privatizar quase 2.600 quilômetros de rodovias federais, divididos em sete lotes. Outros três lotes -nas BRs 393 (divisa MG/RJ), 101 (RJ/ES) e 153 (MG/SP e SP/ PR)-, que contêm trechos de rodovias com pista simples, terão os editais publicados pelo governo até o final do ano.
O governo anunciou também que o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) aprovou financiamento (60% do custo total da obra, cerca de US$ 800 milhões) para a duplicação da BR-101 no trecho entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul.
O ministro Alfredo Nascimento (Transportes) disse ontem que o orçamento do ministério para 2005 terá R$ 3,5 bilhões para investimentos. Ainda neste ano, deverá ser divulgada nova suplementação de recursos.


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