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COMÉRCIO
Países em desenvolvimento pedem correções em esboço para reabrir negociação
G20 vê desequilíbrio em texto da OMC
DA REDAÇÃO
Os principais países em desenvolvimento se mostraram pessimistas ontem com a perspectiva
de um acordo até sábado para a
retomada das negociações de liberalização comercial.
Em Genebra (Suíça), onde se
reúnem nesta semana os principais negociadores do mundo para
o comércio, o G20 (grupo de países em desenvolvimento) criticou
o esboço do texto para destravar a
Rodada Doha, de liberalização
comercial, lançada em 2001.
"Há uma grande vontade política para um acordo, mas partimos
de uma base pouco equilibrada.
Está claro que não podemos aceitar um texto que nos deixe pior do
que estamos", afirmou o vice-chanceler argentino, Martín Redrado. "Não sacrificaremos a essência [da rodada] só para ter um
acordo nesta semana", disse Redrado, repetindo o que já dissera
anteontem o negociador-chefe
dos EUA, Robert Zoellick.
Embora menos duro, o chanceler do Brasil, Celso Amorim, outro dos principais negociadores
do G20, também apresentou ressalvas ao esboço entregue pela
OMC (Organização Mundial de
Comércio) no último dia 16.
"Quero conservar uma dose de
otimismo, mas é uma batalha
imensa. O G20 está muito unido, e
todas as delegações concordaram
hoje [ontem] que o texto da OMC
tem grandes desequilíbrios que
devem ser corrigidos", disse.
Entre as críticas, está a vinculação da redução dos subsídios
agrícolas dos ricos a um melhor
acesso a mercado pelos países em
desenvolvimento. "Os subsídios
viciam o comércio internacional,
o que não ocorre com acesso a
mercado", disse o ministro do
Comércio da Índia, Kamal Nath.
Com agências internacionais
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