São Paulo, quarta-feira, 28 de julho de 2004

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COMÉRCIO

Países em desenvolvimento pedem correções em esboço para reabrir negociação

G20 vê desequilíbrio em texto da OMC

DA REDAÇÃO

Os principais países em desenvolvimento se mostraram pessimistas ontem com a perspectiva de um acordo até sábado para a retomada das negociações de liberalização comercial.
Em Genebra (Suíça), onde se reúnem nesta semana os principais negociadores do mundo para o comércio, o G20 (grupo de países em desenvolvimento) criticou o esboço do texto para destravar a Rodada Doha, de liberalização comercial, lançada em 2001.
"Há uma grande vontade política para um acordo, mas partimos de uma base pouco equilibrada. Está claro que não podemos aceitar um texto que nos deixe pior do que estamos", afirmou o vice-chanceler argentino, Martín Redrado. "Não sacrificaremos a essência [da rodada] só para ter um acordo nesta semana", disse Redrado, repetindo o que já dissera anteontem o negociador-chefe dos EUA, Robert Zoellick.
Embora menos duro, o chanceler do Brasil, Celso Amorim, outro dos principais negociadores do G20, também apresentou ressalvas ao esboço entregue pela OMC (Organização Mundial de Comércio) no último dia 16.
"Quero conservar uma dose de otimismo, mas é uma batalha imensa. O G20 está muito unido, e todas as delegações concordaram hoje [ontem] que o texto da OMC tem grandes desequilíbrios que devem ser corrigidos", disse.
Entre as críticas, está a vinculação da redução dos subsídios agrícolas dos ricos a um melhor acesso a mercado pelos países em desenvolvimento. "Os subsídios viciam o comércio internacional, o que não ocorre com acesso a mercado", disse o ministro do Comércio da Índia, Kamal Nath.


Com agências internacionais

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