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Ampliação dos investimentos da indústria atinge diversos setores
Siderurgia, energia e alimentos estão entre os que elevam capacidade de produção
DA SUCURSAL DO RIO
O movimento de elevação
dos investimentos se verifica
em vários setores da economia,
indo da produção de aço à de
alimentos e energia.
Diante do aquecimento econômico no Brasil e do aumento
do preço do aço no mercado externo, as principais siderúrgicas do país ampliam sua capacidade de produção. A Usiminas
vai alocar US$ 4,3 bilhões para
ampliar a produção de sua unidade em Ipatinga (MG) em 2,2
milhões de toneladas.
Segundo o presidente da
companhia, Rinaldo Campos
Soares, a unidade atenderá, a
partir de 2010, principalmente
a crescente demanda doméstica por produtos acabados, de
maior valor agregado.
Para suportar o aumento do
consumo externo e aproveitar a
boa fase de preços, a Usiminas
vai ampliar em 3 milhões de toneladas sua capacidade de produção de placas de aço na Cosipa, no Estado de São Paulo. O
adicional produzido será destinado prioritariamente ao mercado externo.
Os investimentos, de acordo
com Soares, são parte da visão
traçada pela companhia até o
ano de 2015, que prevê manter
a Usiminas como líder nacional
em produção de aços planos
(usados especialmente em veículos e eletrodomésticos) e
também como "protagonista
importante" na produção de
semi-acabados (laminados) no
exterior a partir das placas produzidas no Brasil.
Movimentação
Outras siderúrgicas também
se movimentam. A CSN já
anunciou a construção de uma
usina de 4,5 milhões de toneladas de aço no Rio de Janeiro ou
em Minas Gerais. A CST, controlada pela Arcelor-Mittal, aumentou sua capacidade de produção em 2,5 milhões de toneladas. O grupo Gerdau prevê
ampliar a produção em 4 milhões de toneladas, especialmente com a duplicação da usina Gerdau Açominas.
Na área de álcool, a Brenco
projeta investir US$ 2,2 bilhões
na construção de dez usinas. A
Adecoagro aportou US$ 900
milhões em três projetos no
Mato Grosso do Sul.
A Sadia, por sua vez, investirá
R$ 2 bilhões nos próximos 18
meses. Os recursos serão destinados principalmente às linhas
de produtos industrializados, à
unidade de Lucas do Rio Verde
(MT) e à de bovinos.
A Vale do Rio Doce anunciou
recentemente que construirá
uma nova refinaria de alumina
no norte do Brasil em sociedade com a Norsk Hydro, produtora norueguesa de alumínio.
A nova refinaria será localizada em Barcarena, no Estado
do Pará, e será desenvolvida em
quatro estágios, cada um com
uma capacidade de produção
de 1,85 milhão de toneladas
anuais de alumina.
(PEDRO SOARES)
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