São Paulo, sábado, 28 de julho de 2007

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Ampliação dos investimentos da indústria atinge diversos setores

Siderurgia, energia e alimentos estão entre os que elevam capacidade de produção

DA SUCURSAL DO RIO

O movimento de elevação dos investimentos se verifica em vários setores da economia, indo da produção de aço à de alimentos e energia.
Diante do aquecimento econômico no Brasil e do aumento do preço do aço no mercado externo, as principais siderúrgicas do país ampliam sua capacidade de produção. A Usiminas vai alocar US$ 4,3 bilhões para ampliar a produção de sua unidade em Ipatinga (MG) em 2,2 milhões de toneladas.
Segundo o presidente da companhia, Rinaldo Campos Soares, a unidade atenderá, a partir de 2010, principalmente a crescente demanda doméstica por produtos acabados, de maior valor agregado.
Para suportar o aumento do consumo externo e aproveitar a boa fase de preços, a Usiminas vai ampliar em 3 milhões de toneladas sua capacidade de produção de placas de aço na Cosipa, no Estado de São Paulo. O adicional produzido será destinado prioritariamente ao mercado externo.
Os investimentos, de acordo com Soares, são parte da visão traçada pela companhia até o ano de 2015, que prevê manter a Usiminas como líder nacional em produção de aços planos (usados especialmente em veículos e eletrodomésticos) e também como "protagonista importante" na produção de semi-acabados (laminados) no exterior a partir das placas produzidas no Brasil.

Movimentação
Outras siderúrgicas também se movimentam. A CSN já anunciou a construção de uma usina de 4,5 milhões de toneladas de aço no Rio de Janeiro ou em Minas Gerais. A CST, controlada pela Arcelor-Mittal, aumentou sua capacidade de produção em 2,5 milhões de toneladas. O grupo Gerdau prevê ampliar a produção em 4 milhões de toneladas, especialmente com a duplicação da usina Gerdau Açominas.
Na área de álcool, a Brenco projeta investir US$ 2,2 bilhões na construção de dez usinas. A Adecoagro aportou US$ 900 milhões em três projetos no Mato Grosso do Sul.
A Sadia, por sua vez, investirá R$ 2 bilhões nos próximos 18 meses. Os recursos serão destinados principalmente às linhas de produtos industrializados, à unidade de Lucas do Rio Verde (MT) e à de bovinos.
A Vale do Rio Doce anunciou recentemente que construirá uma nova refinaria de alumina no norte do Brasil em sociedade com a Norsk Hydro, produtora norueguesa de alumínio.
A nova refinaria será localizada em Barcarena, no Estado do Pará, e será desenvolvida em quatro estágios, cada um com uma capacidade de produção de 1,85 milhão de toneladas anuais de alumina.
(PEDRO SOARES)


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