|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SONEGAÇÃO
Fábricas de refrigerantes terão de instalar medidor de vazão
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O STF (Supremo Tribunal
Federal) suspendeu a liminar que desobrigava os fabricantes de refrigerantes regionais a instalarem medidores de vazão nas fábricas.
Os fabricantes ainda podem recorrer, mas no entender do Supremo, a queda de
34% na arrecadação de tributos da Receita Federal,
mesmo com crescimento do
setor justifica a obrigatoriedade para coibir a sonegação.
A liminar foi concedida em
maio pelo Tribunal Regional
Federal da 1ª Região (Brasília) à Afrebras (Associação de
Fabricantes de Refrigerantes
do Brasil), que argumentou
que os pequenos fabricantes
não poderiam custear a instalação dos medidores -dos
105 fabricantes representados pela entidade, 70% são
de pequeno porte.
O presidente da associação, Fernando Bairros, disse
que a entidade não era contra o medidor, mas que o custo em torno de R$ 100 mil era
inviável para as empresas.
A Receita recorreu ao STF
e, na quinta, a ministra Ellen
Gracie suspendeu a liminar.
A Afrebras informou que
estuda as medidas jurídicas
que pretende tomar. Ela pode recorrer da decisão, segundo a assessoria do STF, e
levar o caso a julgamento no
plenário. Também é possível
pode pedir à Justiça Federal
de Brasília que julge o mérito
da ação que pede a não-obrigatoriedade da instalação.
Na decisão, a ministra considerou que a não-instalação
dos medidores pode levar a
"grave e irreparável lesão" a
ordem pública e economia
pública. "Tomando como base o volume de arrecadação,
a partir de 2003, e considerando a evolução de mercado, os valores arrecadados
deveriam apresentar uma cifra de R$ 107 milhões ao ano.
Entretanto, ao invés de apresentar crescimento, o montante arrecadado de IPI foi
apenas de R$ 65,36 milhões."
A ministra diz que o fisco
deixou de arrecadar cerca de
R$ 43 milhões em 2006.
Texto Anterior: Ampliação dos investimentos da indústria atinge diversos setores Próximo Texto: Brasil tem vitória contra os EUA na OMC Índice
|