JOANA CUNHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Coca-Cola, Microsoft e IBM dificilmente perderão o posto de marcas mais valiosas do mundo, segundo a Best Global Brands 2007, pesquisa anual que a Interbrand, consultoria internacional de avaliação de marcas, acaba de divulgar.
A Coca-Cola, cujo valor está em US$ 65,3 bilhões, teve queda de 3%. O valor da Microsoft subiu 3%, chegando a US$ 58,7 bilhões. E a IBM, com US$ 57,09 bilhões, se valorizou 2% ante 2006.
Depois vem a GE com US$ 51,5 bilhões. O degrau para a quinta colocada é alto. A Nokia vale US$ 33,6 bilhões e com a alta de 12% que teve, não alcançará as quatro mais fortes muito rápido, segundo Alejandro Pinedo, diretor da Interbrand no Brasil.
O destaque é a Google, que se valorizou 44%, subindo da 24ª para a 20ª posição, com valor de US$ 17,8 bilhões. A Apple, dos iPhones, cresceu 21%, e vale US$ 11,03 bilhões. A Starbucks cresceu 17% com a expansão fora dos EUA -agora ocupa o 88º lugar, com US$ 3,6 bilhões.
As macas que mais caíram foram Ford, Gap, Kodak, PizzaHut e Motorola.
A novidade é que entre as cinco que ingressaram no ranking, três são seguradoras. AIG, AXA e Allianz começam a aparecer, segundo Pinedo, com estratégias de comunicação. A AIG com o patrocínio ao clube Manchester United da Inglaterra.
Os setores que concentram as marcas valiosas são o automotivo, com 13 no ranking, os serviços financeiros, com 12, e do luxo, com dez. "São áreas de visibilidade", diz Pinedo. Marcas antigas do mercado de luxo continuam em alta. A Louis Vuitton teve valorização de 15%, resultado do novo grande mercado asiático. "Mesmo as [marcas] já bastante conhecidas estão ganhando mais espaço com a China."
Na distribuição por países, os EUA têm 53% das mais poderosas. As européias são 36% e as asiáticas, 11% -do Japão e Coréia do Sul.
No Brasil e na América Latina não há marcas de alto calibre. Para Pinedo, Havaianas e Natura podem, no futuro, ter perfil para o ranking.


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