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No 1º semestre, 21 setores investiram mais do que no ano passado
TV recebe mais verba e revista perde
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Os jornais, rádios e a TV receberam mais investimentos em publicidade em 2002 do que no ano passado. Entre os 28 setores da economia que fizeram alguma
propaganda no primeiro semestre, 21 desembolsaram mais em
publicidade neste ano em comparação com os primeiros seis meses de 2001. As boas novas param por aí: 1) quando convertidos em
dólares, os investimentos em alguns meios de comunicação
caem; 2) ainda há dúvidas a respeito da capacidade de investimento no último trimestre.
De acordo com o dados divulgados pelo Ibope/Monitor, R$ 3,2
bilhões foram gastos em publicidade nos jornais -crescimento,
em reais, de 11%. Já em dólar, há
queda de 2%. As redes de televisão apuraram expansão de 19%
(em moeda brasileira). Em dólares, o crescimento foi de 5%.
No caso das revistas, o movimento foi oposto: elas perderam
tanto em reais (1%) quanto em
moeda estrangeira (13%.)
Essa queda apurada em dólares
ocorre por causa da forte perda
no valor do real desde maio. Mesmo que o montante em reais suba, quando convertido para moeda americana ele cai. De uma forma geral, entretanto, os investimentos em mídia cresceram 14%
no primeiro semestre de 2002 sobre 2001. Em dólares, o setor ficou
praticamente no zero a zero.
"Se você pensar que em dólares
não tivemos perdas, temos mais é
que agradecer mesmo", disse Sérgio Amado, presidente da Abap,
que representa as agências do
país. Mas a previsão é que a cautela se instale e empresas travem os
investimentos nos últimos três
meses do ano. "Não só devido a
uma eventual queda na renda e na
demanda, mas principalmente
pela questão eleitoral", afirma ele.
Agências ouvidas pela Folha dizem que o crescimento alcançado
até o momento no setor -mesmo com a lentidão na expansão
do país- tem três explicações.
Em primeiro lugar, os dados de
2002 são comparados com os dos
primeiros seis meses de 2001,
quando começou a crise energética e os investidores fecharam a
torneira. Além disso, o setor de telefonia voltou a investir, diz Luiz
Lara, da agência Lew, Lara.
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