São Paulo, quarta-feira, 28 de agosto de 2002

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CAMINHONEIROS

Entidades falam em adesão de 65% a 80% da categoria no país

Governo deve receber líderes de greve

DAS SUCURSAIS E

DA AGÊNCIA FOLHA

Os organizadores do "paradão", a greve nacional dos caminhoneiros, deverão se reunir amanhã com integrantes do governo no Palácio do Planalto para receber uma contraproposta à pauta de reivindicações. Alguns pontos serão atendidos, mas o governo não divulgou quais.
Na semana passada, os caminhoneiros entregaram as reivindicações ao governo e se encontraram com integrantes dos ministérios da Justiça, de Minas e Energia e dos Transportes.
Os caminhoneiros querem redução do preço do óleo diesel em 30% e congelamento do valor por seis meses, mais segurança nas estradas, financiamento de rastreadores com juros subsidiados, instalação de equipamentos de rádio nos postos da Polícia Rodoviária e cumprimento do vale pedágio.

Organização
A greve dos caminhoneiros está sendo organizada pela Fetrabens (Federação Interestadual dos Caminhoneiros Autônomos) e obteve o apoio do MUBC (Movimento União Brasil Caminhoneiro). Nas últimas greves, em 1999, 2000 e 2001, apenas o MUBC esteve à frente da organização.
As duas entidades divergem quanto aos números da greve. Segundo o MUBC, por volta de 65% da categoria aderiu; segundo Fonseca, 80% tomaram parte na paralisação.

Consequências
Ontem, as consequências da greve foram bastante visíveis no porto de Santos, o maior do país. A greve provocou a suspensão das operações em 9 dos 27 navios atracados no cais público do porto de Santos. Todos aguardavam para embarcar açúcar, mas nenhum tinha capacidade para realizar a operação por meio de equipamentos automáticos.
Segundo a assessoria da Codesp, que administra o porto, a movimentação dos demais produtos de exportação não tinha sido interrompida porque os navios estavam recebendo mercadorias já armazenadas.
A Ceasa (Central de Abastecimento) do Rio informou que ontem o movimento de caminhões foi normal, mas que, como a greve é mais intensa no Sul, a entrega de produtos como maçã, batata e cebola podem começar a ser afetadas hoje ou amanhã.
Na região de Araraquara (SP), caminhoneiros entraram em confronto, segundo Heraldo Gomes de Andrade, coordenador da greve em São Paulo.


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