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CAMINHONEIROS
Entidades falam em adesão de 65% a 80% da categoria no país
Governo deve receber líderes de greve
DAS SUCURSAIS E
DA AGÊNCIA FOLHA
Os organizadores do "paradão", a greve nacional dos caminhoneiros, deverão se reunir amanhã com integrantes do governo no Palácio do Planalto para
receber uma contraproposta à
pauta de reivindicações. Alguns
pontos serão atendidos, mas o governo não divulgou quais.
Na semana passada, os caminhoneiros entregaram as reivindicações ao governo e se encontraram com integrantes dos ministérios da Justiça, de Minas e
Energia e dos Transportes.
Os caminhoneiros querem redução do preço do óleo diesel em
30% e congelamento do valor por
seis meses, mais segurança nas estradas, financiamento de rastreadores com juros subsidiados, instalação de equipamentos de rádio
nos postos da Polícia Rodoviária e
cumprimento do vale pedágio.
Organização
A greve dos caminhoneiros está
sendo organizada pela Fetrabens
(Federação Interestadual dos Caminhoneiros Autônomos) e obteve o apoio do MUBC (Movimento União Brasil Caminhoneiro). Nas
últimas greves, em 1999, 2000 e
2001, apenas o MUBC esteve à
frente da organização.
As duas entidades divergem
quanto aos números da greve. Segundo o MUBC, por volta de 65%
da categoria aderiu; segundo Fonseca, 80% tomaram parte na paralisação.
Consequências
Ontem, as consequências da
greve foram bastante visíveis no
porto de Santos, o maior do país.
A greve provocou a suspensão das
operações em 9 dos 27 navios
atracados no cais público do porto de Santos. Todos aguardavam
para embarcar açúcar, mas nenhum tinha capacidade para realizar a operação por meio de equipamentos automáticos.
Segundo a assessoria da Codesp, que administra o porto, a
movimentação dos demais produtos de exportação não tinha sido interrompida porque os navios estavam recebendo mercadorias já armazenadas.
A Ceasa (Central de Abastecimento) do Rio informou que ontem o movimento de caminhões
foi normal, mas que, como a greve
é mais intensa no Sul, a entrega de
produtos como maçã, batata e cebola podem começar a ser afetadas hoje ou amanhã.
Na região de Araraquara (SP),
caminhoneiros entraram em confronto, segundo Heraldo Gomes
de Andrade, coordenador da greve em São Paulo.
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