São Paulo, quarta-feira, 28 de agosto de 2002

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ÁGUIA EM TRANSE

Resultado positivo, porém, foi afetado por queda na confiança

Encomendas crescem nos EUA

DA REDAÇÃO

As encomendas de bens duráveis cresceram no maior ritmo em nove meses nos EUA, com um expressivo aumento nos pedidos de máquinas, o que deu trouxe a esperança em uma retomada nos investimentos empresariais. Mas o índice de confiança do consumidor caiu ao menor nível também em nove meses, o que pode se traduzir em menos gastos nos próximos meses.
Segundo o Departamento de Comércio dos EUA, as encomendas de bens duráveis aumentaram 8,7% no mês passado, o maior ganho desde outubro, num total de US$ 180 bilhões. A expansão ficou acima das expectativas e representa um significativo avanço em comparação à queda de 4,5% registrada em junho.
Já o índice de confiança do consumidor apurado pelo Conference Board, instituto independente de pesquisa de Nova York, recuou ao menor nível desde novembro, ao cair de 97,4 pontos, em julho, para 93,5 pontos. Analistas esperavam que a sondagem mostrasse um leitura em torno de 97 pontos.
Dois terços do PIB (Produto Interno Bruto) são gerados a partir do consumo das famílias. Como dá pistas sobre o comportamento econômico nos próximos meses, o índice de confiança do consumidor é acompanhado de perto pelos analistas. A queda na confiança teve reflexo negativo nas Bolsas. O índice Dow Jones cedeu 1,06%, e a Nasdaq caiu 3,16%.
O salto de julho nas encomendas foi puxado por um crescimento recorde de 11,8% nos pedidos de máquinas. Excluindo produtos bélicos, as encomendas aumentaram 7,3%. A categoria de transportes, que inclui carros e aviões, cresceu 20,8% no mês.
Para o economista John Lonski, da Moody's Investor Service, o sólido ganho nas encomendas de bens não-militares traz a possibilidade de que haja uma retomada nos investimentos. "A despeito de sinais em contrário, os gastos em capital podem começar a crescer no segundo semestre", disse.
Na primeira metade do ano, os EUA esboçaram uma reação econômica, depois de terem caído em recessão no ano passado. Mas a atividade vinha sendo mantida pelo elevado nível de consumo da população e pela queima de estoques. As empresas, por outro lado, depois de uma bolha de superinvestimento, cortaram gastos e vagas, adiando novos investimentos para quando a economia se mostrar mais aquecida.


Com agências internacionais


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