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ÁGUIA EM TRANSE
Resultado positivo, porém, foi afetado por queda na confiança
Encomendas crescem nos EUA
DA REDAÇÃO
As encomendas de bens duráveis cresceram no maior ritmo em
nove meses nos EUA, com um expressivo aumento nos pedidos de
máquinas, o que deu trouxe a esperança em uma retomada nos
investimentos empresariais. Mas
o índice de confiança do consumidor caiu ao menor nível também em nove meses, o que pode
se traduzir em menos gastos nos
próximos meses.
Segundo o Departamento de
Comércio dos EUA, as encomendas de bens duráveis aumentaram 8,7% no mês passado, o
maior ganho desde outubro, num
total de US$ 180 bilhões. A expansão ficou acima das expectativas e
representa um significativo avanço em comparação à queda de
4,5% registrada em junho.
Já o índice de confiança do consumidor apurado pelo Conference Board, instituto independente
de pesquisa de Nova York, recuou
ao menor nível desde novembro,
ao cair de 97,4 pontos, em julho,
para 93,5 pontos. Analistas esperavam que a sondagem mostrasse
um leitura em torno de 97 pontos.
Dois terços do PIB (Produto Interno Bruto) são gerados a partir
do consumo das famílias. Como
dá pistas sobre o comportamento
econômico nos próximos meses,
o índice de confiança do consumidor é acompanhado de perto
pelos analistas. A queda na confiança teve reflexo negativo nas
Bolsas. O índice Dow Jones cedeu
1,06%, e a Nasdaq caiu 3,16%.
O salto de julho nas encomendas foi puxado por um crescimento recorde de 11,8% nos pedidos de máquinas. Excluindo produtos bélicos, as encomendas aumentaram 7,3%. A categoria de
transportes, que inclui carros e
aviões, cresceu 20,8% no mês.
Para o economista John Lonski,
da Moody's Investor Service, o sólido ganho nas encomendas de
bens não-militares traz a possibilidade de que haja uma retomada
nos investimentos. "A despeito de
sinais em contrário, os gastos em
capital podem começar a crescer
no segundo semestre", disse.
Na primeira metade do ano, os
EUA esboçaram uma reação econômica, depois de terem caído
em recessão no ano passado. Mas
a atividade vinha sendo mantida
pelo elevado nível de consumo da
população e pela queima de estoques. As empresas, por outro lado, depois de uma bolha de superinvestimento, cortaram gastos e
vagas, adiando novos investimentos para quando a economia se
mostrar mais aquecida.
Com agências internacionais
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