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São Paulo, quinta-feira, 28 de agosto de 2003

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ENCONTRO

Tesouro se encontra com membros do Fundo que monitoram acordo

Governo se reúne com FMI nos EUA

FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON

O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, encontrou-se ontem com a equipe do FMI (Fundo Monetário Internacional) que monitora o acordo com o Brasil e que fará as novas negociações caso o país feche um novo entendimento no final do ano.
Questionado sobre o conteúdo do encontro, Levy desconversou: "Seria falta de gentileza estar na cidade [Washington] e não ir até lá. Atualizamos nossas conversas. Mas, como já disse o presidente Lula, seria prematuro agora iniciar esse tipo de conversação [sobre um eventual novo acordo]."
Segundo Levy, as conversas giraram em torno das perspectivas da economia brasileira. "Dividimos nossa visão de que este é um momento importante. Os grandes desafios do início do ano foram superados e agora não estamos discutindo mais inflação, mas o futuro e o que é necessário para assegurar um bom ambiente para investimentos", disse.
Levy esteve em Washington para participar da primeira reunião do chamado Grupo para o Crescimento, estabelecido depois do encontro, em junho, entre os presidentes Lula e George W. Bush na Casa Branca (sede do governo norte-americano).
As principais discussões estiveram centradas em iniciativas para aumentar a confiança de investidores internacionais e a competitividade de empresas no Brasil.
Participaram também da reunião, na sede do Tesouro dos EUA, o secretário de Política Econômica, Marcos Lisboa, o representante do Brasil no FMI, Murilo Portugal, e o embaixador brasileiro em Washington, Rubens Barbosa. Segundo os americanos, um novo acordo com o Fundo não esteve em pauta. "O objetivo inicial foi estabelecer um terreno comum, técnico e de orientações de políticas para futuras iniciativas", disse o subsecretário do Tesouro dos EUA, John Taylor.
A reunião, dizem os dois lados, não produziu nada de prático. Um próximo encontro do grupo foi marcado para o primeiro trimestre de 2004, no Brasil.
Há pouco mais de um mês, o secretário norte-americano do Tesouro, John Snow, disse que os bancos no Brasil não têm políticas consistentes para financiar investimentos. Levy afirmou que o nível de financiamento deve aumentar depois da eventual aprovação da Lei de Falências no país -o governo recentemente tirou o projeto da pauta de votações do Congresso Nacional.


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