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ENERGIA
Governo amplia em dois anos prazo para empresas quitarem empréstimo que compensou perdas com racionamento
Distribuidora ganha tempo para pagar dívida
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Fazenda informou ontem que o governo estima
em R$ 1,9 bilhão o valor da ajuda
ao setor elétrico para que a variação cambial de 2002 não fosse repassada de uma vez ao consumidor neste ano. Além disso, decidiu ampliar de cinco para sete
anos o prazo de pagamento de
um empréstimo anterior para
compensar perdas da distribuidoras com o racionamento.
A ampliação do prazo de pagamento dos empréstimos concedidos pelo BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico
e Social), que chegaram a R$ 7 bilhões, foi autorizada pelo CMN
(Conselho Monetário Nacional).
Os empréstimos são feitos com
recursos repassados pelo Tesouro
Nacional ao BNDES.
Segundo o secretário-adjunto
do Tesouro, Tarcísio Godoy, algumas distribuidoras estão tendo faturamentos mais baixos que os
previstos por causa da retração
econômica. Como o pagamento
ao BNDES é feito com base em
um percentual sobre o faturamento, as distribuidoras avisaram que não conseguiriam pagar
em cinco anos.
Segundo ele, a decisão do CMN
regula apenas a relação do
BNDES com o Tesouro. Ou seja,
não implica uma extensão do prazo de vigência das tarifas extras
que os consumidores vêm pagando para compensar a perda de receita que as empresas tiveram
com o racionamento.
"A possibilidade de ampliação
dos prazos de pagamento pelas
empresas já estava prevista nos
contratos", disse Godoy.
Em janeiro do ano passado, o
governou autorizou um reajuste
extraordinário para que as distribuidoras de energia pudessem
compensar as perdas provocadas
pelo racionamento. O aumento
foi de 2,9% para consumidores
residenciais e 7,9% para consumidores comerciais e industriais.
Em média, o reajuste extra terá
duração de cinco anos.
No caso do repasse da variação
cambial para as tarifas, o governo
já havia decidido ajudar as empresas a recompor seus caixas em
troca de um repasse menor neste
ano, conforme medida provisória
divulgada no começo deste mês.
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