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A ÁGUIA POUSOU
Terror faz pedidos de seguro baterem recorde de nove anos
Fila do desemprego espicha nos EUA
DA REDAÇÃO
Os pedidos por seguro-desemprego nos EUA foram ao maior
nível em nove anos na semana
passada, refletindo em parte os
ataques terroristas do dia 11. As
encomendas de bens duráveis recuaram pelo terceiro mês consecutivo em agosto. No mês passado, a quantidade de anúncios de
empregos foi a menor desde o começo de 1983.
Na semana passada, 450 mil
norte-americanos pediram o seguro-desemprego, o maior número desde julho de 1992. Houve
58 mil solicitações a mais do que
na semana anterior, um crescimento acima do previsto.
O indicador já reflete parte das
demissões que foram anunciadas
desde os atentados. De acordo
com o Departamento de Trabalho, só em Nova York a fila de desempregados procurando o benefício tinha 11 mil pessoas a mais,
na semana passada, em relação à
semana antecedente.
"Vou para a rua todas os dias, à
procura de emprego", disse Sharon Askew, 43. Askew trabalhava
para uma empresa que fornece
refeições para companhias aéreas.
O consumo dos norte-americanos dá mostras de que está cedendo. As encomendas de bens duráveis caíram em agosto pelo terceiro mês consecutivo. A última vez
em que isso havia ocorrido foi entre abril e julho de 1999.
No mês passado, os pedidos feito pelo comércio à indústria recuaram 0,3%. Em julho a queda
fora de 2,5% e, em junho, de 1,1%.
Bens duráveis são os que têm vida
útil de pelo menos três anos.
"A economia norte-americana
está em recessão. Os ataques foram um golpe duro", disse Mark
Zandi, da consultoria Economy.com. "Mas eu acho que,
com um pouco de sorte e investimento público, a economia pode
se estabilizar até o começo do ano
que vem."
Os pedidos por aviões despencaram 5,5% em agosto, o que
mostra que o setor já andava desaquecido mesmo antes dos atentados. Equipamentos de transportes recuaram 2,1% de uma
maneira geral.
Mas o setor mais fraco foi o de
informática. As encomendas de
computadores novos despencaram 8,5%, o oitavo recuo mensal
consecutivo.
Ainda em agosto, a venda de casas novas cresceu 0,6%. O setor,
beneficiado pelas menores taxas
de financiamento em três anos,
segue como um dos únicos em expansão nos EUA.
Com agências internacionais
FRASE
A GCEX não vai
funcionar sem
o apoio dos
empresários
Sergio Amaral,
ministro do Desenvolvimento
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