São Paulo, sexta-feira, 28 de setembro de 2001

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A ÁGUIA POUSOU

Terror faz pedidos de seguro baterem recorde de nove anos

Fila do desemprego espicha nos EUA

DA REDAÇÃO

Os pedidos por seguro-desemprego nos EUA foram ao maior nível em nove anos na semana passada, refletindo em parte os ataques terroristas do dia 11. As encomendas de bens duráveis recuaram pelo terceiro mês consecutivo em agosto. No mês passado, a quantidade de anúncios de empregos foi a menor desde o começo de 1983.
Na semana passada, 450 mil norte-americanos pediram o seguro-desemprego, o maior número desde julho de 1992. Houve 58 mil solicitações a mais do que na semana anterior, um crescimento acima do previsto.
O indicador já reflete parte das demissões que foram anunciadas desde os atentados. De acordo com o Departamento de Trabalho, só em Nova York a fila de desempregados procurando o benefício tinha 11 mil pessoas a mais, na semana passada, em relação à semana antecedente.
"Vou para a rua todas os dias, à procura de emprego", disse Sharon Askew, 43. Askew trabalhava para uma empresa que fornece refeições para companhias aéreas.
O consumo dos norte-americanos dá mostras de que está cedendo. As encomendas de bens duráveis caíram em agosto pelo terceiro mês consecutivo. A última vez em que isso havia ocorrido foi entre abril e julho de 1999.
No mês passado, os pedidos feito pelo comércio à indústria recuaram 0,3%. Em julho a queda fora de 2,5% e, em junho, de 1,1%. Bens duráveis são os que têm vida útil de pelo menos três anos.
"A economia norte-americana está em recessão. Os ataques foram um golpe duro", disse Mark Zandi, da consultoria Economy.com. "Mas eu acho que, com um pouco de sorte e investimento público, a economia pode se estabilizar até o começo do ano que vem."
Os pedidos por aviões despencaram 5,5% em agosto, o que mostra que o setor já andava desaquecido mesmo antes dos atentados. Equipamentos de transportes recuaram 2,1% de uma maneira geral.
Mas o setor mais fraco foi o de informática. As encomendas de computadores novos despencaram 8,5%, o oitavo recuo mensal consecutivo.
Ainda em agosto, a venda de casas novas cresceu 0,6%. O setor, beneficiado pelas menores taxas de financiamento em três anos, segue como um dos únicos em expansão nos EUA.


Com agências internacionais

FRASE
A GCEX não vai funcionar sem o apoio dos empresários
Sergio Amaral, ministro do Desenvolvimento



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