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TRANSE GLOBAL
Balanços ruins e a divulgação de números fracos da saúde econômica dos EUA deram nova dose de pessimismo
Bolsa de NY amarga a 5ª semana de queda
DA REDAÇÃO
A Bolsa de Nova York amargou
a quinta semana consecutiva de
queda. Uma bateria de balanços
empresariais ruins e números fracos sobre a saúde econômica dos
EUA deram um nova dose de pessimismo aos investidores.
O índice Dow Jones perdeu
quase 300 pontos ontem e fechou
em queda de 3,7%, com 7.701
pontos. No acumulado da semana, o índice encolheu 3,6%. Nas
últimas cinco semanas, as perdas
chegam a 13%.
Os analistas e corretores de Wall
Street comparam o atual clima do
mercado financeiro com a tortura
chinesa da água. Cada má notícia
cai como se fosse uma gota sobre
o torturado, ou seja, o investidor,
ampliando a agonia das Bolsas.
O Dow Jones, que traz a média
das 30 principais ações da Bolsa
de Nova York, foi arrastado pela
General Electric e pela Philip
Morris, que emitiram perspectivas de lucros ruins para este trimestre. A GE caiu 7%, e a Philip
Morris tombou 11%.
Trimestre negro
O índice Standard & Poor's das
500 principais ações dos EUA recuou 3,23%. Na semana, a queda
ficou em 2,1%. Tido como o melhor índice para observar o mercado de maneira mais ampla, o
S&P 500 deverá encerrar o período de julho a setembro com a pior
perda trimestral desde o "crash"
de 1987. A Nasdaq, Bolsa de empresas tecnológicas, cedeu 1,84%
no dia e 1,8% na semana.
As ações da Delta Airlines, umas
das maiores empresas aéreas dos
EUA, informou que espera um
prejuízo de US$ 350 milhões no
trimestre e planeja cortar 1.500
atendentes. As ações da companhia tombaram 20%.
O pessimismo sobre a recuperação econômica cresceu ainda
mais com a divulgação de um novo indicador que aponta uma
queda na confiança do consumidor norte-americano. O índice
apurado pela Universidade de
Michigan recuou de 87,6 pontos,
em agosto, para 86,1 neste mês.
Na terça-feira, o Conference
Board, um instituto privado de
pesquisas baseado em Nova York,
já havia apontado que a percepção do norte-americano na situação econômica caiu ao nível mais
baixo desde novembro.
O tombo nos preços das ações e
a timidez da atividade econômica
são fatores que podem levar o Federal Reserve (BC dos EUA) a fazer uma nova redução na taxa de
juros, que seria a 12ª desde janeiro
do ano passado. Na reunião desta
semana, 2 dos 12 conselheiros do
Fed pediram que a taxa, hoje em
1,75% ao ano, fosse reduzida.
"As autoridades do Federal Reserve começam a ficar mais preocupadas com as perspectivas econômicas", disse Robert DiClemente, economista-chefe do banco Salomon Smith Barney, em um
comunicado aos clientes. "Acreditamos em um possível corte de
meio ponto percentual nos juros,
possivelmente em novembro
[quando ocorre a próxima reunião do Fed]."
Europa mista, Japão sobe
Na Europa, os resultados foram
mistos. A Bolsa de Frankfurt fechou com queda de 3,37%, e Paris
recuou 0,37%. Já Londres encerrou em alta de 1,47%. A Bolsa de
Tóquio viveu um dia de ligeira euforia, com a notícia de que o governo tentará sanear os bancos do
país. O índice Nikkei subiu 2,25%.
Com agências internacionais
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