São Paulo, terça-feira, 28 de setembro de 2004

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MINÉRIOS

Mudança baratearia crédito

Vale elege melhorar o "rating" como objetivo

LUCIANA COELHO
DE NOVA YORK

A Companhia Vale do Rio Doce fez ontem sua apresentação anual a investidores na Bolsa de Valores de Nova York ressaltando a determinação de atingir rapidamente o nível de "investment grade". Na semana passada, a mineradora brasileira teve sua classificação de risco ("rating") melhorada pela agência Fitch, superando a da dívida soberana do Brasil.
A empresa -cuja dívida de longo prazo em moeda local foi avaliada pela Fitch como "BB-", um nível acima da dívida do país- é a única entre as cinco maiores mineradoras diversificadas do mundo a não ter ainda o conceito de "investment grade". Atingi-lo levaria a Vale a pagar juros menores ao tomar empréstimo no exterior.
O presidente da Vale, Roger Agnelli, projetou um cenário otimista para o próximo ano. Mas evitou falar em números. "Estamos tirando vantagem das condições do mercado agora", declarou.
O presidente da Vale negou que o projeto para instalar um pólo siderúrgico no Maranhão, orçado em US$ 11,4 bilhões até 2010, tenha sido fechado com o BNDES. O banco anunciou na semana passada que financiaria o projeto. "Não decidimos o processo, não temos o valor, só há uma idéia."
Aquisições, por sua vez, não estão nos projetos da Vale. A meta é um crescimento orgânico. Além disso, participações em siderúrgicas estão sendo vendidas. "Vendemos na Gerdau, vendemos na CST e não temos interesse estratégico na Usiminas", afirmou.
Para continuar a crescer, a Vale se empenha em reduzir o custo da dívida. Hoje a empresa paga cerca de três pontos percentuais a mais em juros do que suas quatro grandes concorrentes estrangeiras.


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