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MINÉRIOS
Mudança baratearia crédito
Vale elege melhorar o "rating" como objetivo
LUCIANA COELHO
DE NOVA YORK
A Companhia Vale do Rio Doce
fez ontem sua apresentação anual
a investidores na Bolsa de Valores
de Nova York ressaltando a determinação de atingir rapidamente o
nível de "investment grade". Na
semana passada, a mineradora
brasileira teve sua classificação de
risco ("rating") melhorada pela
agência Fitch, superando a da dívida soberana do Brasil.
A empresa -cuja dívida de
longo prazo em moeda local foi
avaliada pela Fitch como "BB-",
um nível acima da dívida do
país- é a única entre as cinco
maiores mineradoras diversificadas do mundo a não ter ainda o
conceito de "investment grade".
Atingi-lo levaria a Vale a pagar juros menores ao tomar empréstimo no exterior.
O presidente da Vale, Roger Agnelli, projetou um cenário otimista para o próximo ano. Mas evitou falar em números. "Estamos
tirando vantagem das condições
do mercado agora", declarou.
O presidente da Vale negou que
o projeto para instalar um pólo siderúrgico no Maranhão, orçado
em US$ 11,4 bilhões até 2010, tenha sido fechado com o BNDES.
O banco anunciou na semana
passada que financiaria o projeto.
"Não decidimos o processo, não
temos o valor, só há uma idéia."
Aquisições, por sua vez, não estão nos projetos da Vale. A meta é
um crescimento orgânico. Além
disso, participações em siderúrgicas estão sendo vendidas. "Vendemos na Gerdau, vendemos na
CST e não temos interesse estratégico na Usiminas", afirmou.
Para continuar a crescer, a Vale
se empenha em reduzir o custo da
dívida. Hoje a empresa paga cerca
de três pontos percentuais a mais
em juros do que suas quatro grandes concorrentes estrangeiras.
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