São Paulo, terça-feira, 28 de setembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Ações do segmento se valorizam com perspectiva de realocação de recursos; petróleo faz Bovespa perder 0,6%

Setor elétrico evita perda maior na Bolsa

DA REPORTAGEM LOCAL

A escalada do petróleo voltou a incomodar o mercado financeiro. A Bovespa acompanhou o desempenho negativo das Bolsas americanas e caiu 0,60%.
O dólar, no entanto, fechou praticamente estável, a R$ 2,873. O movimento da moeda reflete os recordes positivos da balança comercial e as captações de recursos fechadas por empresas e bancos nacionais no exterior. Na sexta, a construtora Norberto Odebrecht fechou operação de captação de 65 milhões, com vencimento em três anos.
A alta do petróleo tem atraído compradores para as ações da Petrobras. Os investidores esperam que a petrolífera anuncie em breve um aumento de combustíveis.
No pregão da Bolsa paulista de ontem, o papel preferencial da Petrobras foi o mais negociado, ao concentrar 11,4% do giro. A ação subiu 0,87%. Na semana passada, o mesmo papel acumulou valorização de 5,56%.
O setor de energia elétrica segue como destaque. Analistas financeiros dizem que há uma realocação de recursos de outras ações para as de energia, pois os papéis desse segmento estão atrasados em relação à média do mercado.
Todas as cinco maiores altas entre os papéis do Ibovespa ontem ficaram com ações do setor. Cemig PN (5,6%), Cemig ON (5,4%), Eletrobrás PNB (4%), Celesc PNB (3,8%) e Copel PNB (3,2%) lideraram os ganhos e amenizaram as perdas da Bolsa.
O volume financeiro negociado na Bovespa superou o R$ 1,8 bilhão, mas foi inflado pela oferta pública de aquisição de ações feita pela Bunge do Brasil, que movimentou quase R$ 800 milhões.

Risco
Com o mercado internacional mais arisco devido ao petróleo em alta, os títulos da dívida brasileira recuaram, o que pressionou o risco-país -espécie de termômetro do humor do investidor estrangeiro. O Global 40 registrou baixa de 1,11%. O C-bond caiu 0,56%. Com isso, o risco-país subiu 1,89%, para 486 pontos.
No pregão da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), depois dos agitados negócios da semana passada -marcada pela divulgação da ata do Copom e pela elevação da meta de superávit primário-, o dia foi apático. As taxas futuras pouco oscilaram, e o volume de contratos negociados foi 59% menor que o de sexta-feira.
(FABRICIO VIEIRA)


Texto Anterior: Reservas baixas podem impedir saída do Fundo
Próximo Texto: O vaivém das commodities
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.