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MERCADO FINANCEIRO
Ações do segmento se valorizam com perspectiva de realocação de recursos; petróleo faz Bovespa perder 0,6%
Setor elétrico evita perda maior na Bolsa
DA REPORTAGEM LOCAL
A escalada do petróleo voltou a
incomodar o mercado financeiro.
A Bovespa acompanhou o desempenho negativo das Bolsas
americanas e caiu 0,60%.
O dólar, no entanto, fechou praticamente estável, a R$ 2,873. O
movimento da moeda reflete os
recordes positivos da balança comercial e as captações de recursos
fechadas por empresas e bancos
nacionais no exterior. Na sexta, a
construtora Norberto Odebrecht
fechou operação de captação de
65 milhões, com vencimento em
três anos.
A alta do petróleo tem atraído
compradores para as ações da Petrobras. Os investidores esperam
que a petrolífera anuncie em breve um aumento de combustíveis.
No pregão da Bolsa paulista de
ontem, o papel preferencial da Petrobras foi o mais negociado, ao
concentrar 11,4% do giro. A ação
subiu 0,87%. Na semana passada,
o mesmo papel acumulou valorização de 5,56%.
O setor de energia elétrica segue
como destaque. Analistas financeiros dizem que há uma realocação de recursos de outras ações
para as de energia, pois os papéis
desse segmento estão atrasados
em relação à média do mercado.
Todas as cinco maiores altas entre os papéis do Ibovespa ontem
ficaram com ações do setor. Cemig PN (5,6%), Cemig ON
(5,4%), Eletrobrás PNB (4%), Celesc PNB (3,8%) e Copel PNB
(3,2%) lideraram os ganhos e
amenizaram as perdas da Bolsa.
O volume financeiro negociado
na Bovespa superou o R$ 1,8 bilhão, mas foi inflado pela oferta
pública de aquisição de ações feita
pela Bunge do Brasil, que movimentou quase R$ 800 milhões.
Risco
Com o mercado internacional
mais arisco devido ao petróleo em
alta, os títulos da dívida brasileira
recuaram, o que pressionou o risco-país -espécie de termômetro
do humor do investidor estrangeiro. O Global 40 registrou baixa
de 1,11%. O C-bond caiu 0,56%.
Com isso, o risco-país subiu
1,89%, para 486 pontos.
No pregão da BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros), depois
dos agitados negócios da semana
passada -marcada pela divulgação da ata do Copom e pela elevação da meta de superávit primário-, o dia foi apático. As taxas
futuras pouco oscilaram, e o volume de contratos negociados foi
59% menor que o de sexta-feira.
(FABRICIO VIEIRA)
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