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Criação de emprego formal perde fôlego em 2005, indica Ministério do Trabalho
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O número de empregos formais subiu 5,83% em 2005 em
relação a 2004. Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho, com base na Rais (Relação
Anual de Informações Sociais),
indicam que foi criado 1,831 milhão de empregos em 2005.
Embora tenha sido o segundo melhor resultado da pesquisa, feita desde 1985, o desempenho ficou abaixo do de 2004,
quando foi criado 1,862 milhão
de vagas. A mesma pesquisa indica também aumento real
(descontada a inflação pelo
INPC) de 2,14% no salário médio dos trabalhadores.
"O presidente Lula não fez
projeção de campanha para a
próxima gestão, mas, certamente, teremos condições de
dar continuidade ao processo
de crescimento do número de
empregos formais, para mais
do que estamos fazendo até
agora", disse o ministro Luiz
Marinho (Trabalho).
O crescimento foi puxado pelos setores de comércio, com
417.926 vagas (alta de 7,48%) e
serviços, que criou 609.546 vagas (6,16%). A pesquisa apontou ainda o setor de construção
civil como uma das áreas mais
importantes para a geração de
emprego, com alta de 11,34%
(126 mil novos empregos). Para
o ministério, a tendência de redução do emprego formal nesse
setor foi revertida.
De acordo com a pesquisa,
existiam 33.238.617 empregos
formais ano passado. Esse número era de 31.407.576 em
2004. A pesquisa considera
empregos formais tanto os de
carteira assinada, regidos pelo
sistema da CLT (Consolidação
das Leis do Trabalho), como os
servidores públicos chamados
"estatutários", sem carteira assinada, mas com estabilidade.
O setor agropecuário foi o
que gerou menos empregos
formais em 2005: aumento de
0,36%, com a criação de 4.700
postos de trabalho. Para o ministério, a demanda por trabalho nesse setor foi "sensível ao
ambiente" no qual as taxas de
juros continuam altas e os preços dos produtos agrícolas
"perderam dinamismo".
As 444.135 vagas criadas no
serviço público, principalmente nas prefeituras, representaram cerca de 24% do total de
empregos formais gerados em
2005. A expansão do emprego
formal no setor público foi de
6,26%. Na avaliação de Marinho, a alta participação desse
setor na criação de empregos
reflete o estado de "destruição"
pelo qual o Estado passou. "Estamos em um processo de reconstrução", disse.
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