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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Bolsa tem recorde de pregões em alta
O ano de 2007 foi, até agora, o
que obteve o maior número de
dias positivos na Bolsa nesta
década. Foram, até o dia 26, 106
dias de pregão em alta e 76 em
baixa. Até então, o melhor ano
tinha sido o de 2003, quando a
Bolsa contabilizou, também até
a mesma data, 104 pregões no
azul e 78 no vermelho.
Apesar desse desempenho
favorável neste ano, a rentabilidade da Bolsa em 2007 ainda é
inferior à de 2003. Neste ano, a
rentabilidade estava em 34,3%
até anteontem, enquanto em
2003 era de 40,3% no mesmo
período de comparação. A diferença é que 2003 foi o ano da
recuperação da Bolsa depois de
três anos consecutivos de baixas acentuadas.
"O que esses dados mostram
é que o ano de 2007 foi o que o
investidor em Bolsa teve mais
dias de alegria", diz Einar Rivero, da Economática, responsável por essas contas.
A grande pergunta é se esse
crescimento da Bolsa neste ano
se caracteriza ou não como
uma bolha como a que aconteceu, por exemplo, na crise das
pontocom no final da década
passada. Naquele período, todas as Bolsas viveram momentos de euforia exagerada até a
bolha estourar e o mundo entrar em crise.
Para Einar Rivero, ainda é
muito cedo para dizer se a euforia atual irá se transformar ou
não numa bolha. O risco sempre existe, mas ele acha pouco
provável.
Entre outras razões, os investidores agora procuram ações
de empresas mais líquidas, como Petrobras e Vale do Rio Doce. Essas duas companhias respondem por dois terços da alta
da Bolsa neste ano.
Além disso, há um crescimento expressivo de investidores pessoas físicas, o que pode
compensar, em parte, uma saída brusca do capital estrangeiro. Nas crises recentes, um dos
principais responsáveis pelo
efeito manada foi o investidor
de fora. Hoje, o perfil do investidor está mais equilibrado.
Fraude aumenta em empresas
Quatro em cada cinco empresas foram vítimas de fraude
empresarial nos últimos três
anos, segundo pesquisa da
Kroll, empresa de consultoria
em gerenciamento de riscos.
Em alguns setores, mais de
um quinto das empresas foram
afetadas -uma perda de mais
US$ 1 milhão. O relatório tem
como base pesquisa do Economist Intelligence Unit com 900
altos executivos no mundo.
Furto, perda ou ataque a informações são as preocupações. Cerca de 20% dos executivos acreditam que estão vulneráveis e mais de 30% acreditam
que a complexidade em TI aumentou a exposição ao risco.
O furto de ativos físicos ou
estoque é mencionado por
34%. Um quinto das empresas
sofreu furto de informação,
conflito de interesse, ingerência financeira, fraude financeira interna e em suprimento,
corrupção e propina.
O custo médio de fraude em
grandes empresas superou US$
20 milhões. Em setores como
saúde, produtos farmacêuticos,
biotecnologia, construção, engenharia, infra-estrutura e serviços financeiros, mais de um
quinto das empresas relataram
perdas maiores do que US$ 1
milhão.
A BELA DO FÓRUM
Nem Bill Clinton, nem Néstor Kirchner, nem Carlos
Slim Helú, da Telmex. Os participantes do Clinton Global
Initiative, fórum de líderes que pretende transformar em
ação os desafios da sustentabilidade, queriam mesmo era
ver Angelina Jolie. A atriz anunciou que conseguiu arrecadar US$ 148 milhões para apoiar 18 acordos, em 15 países, para educar crianças em áreas afetadas por conflitos.
Entre os apoiadores, a Nike, a Microsoft e a WPP.
BAIXO ASTRAL
O Inec (Índice Nacional
de Expectativa do Consumidor), da pesquisa CNI-Ibope, detectou maior pessimismo sobre a inflação. O
índice que diz respeito à deterioração das expectativas
recuou 7,7% na comparação
com o indicador de junho.
Em relação a setembro de
2006, a queda é ainda maior,
de 16,8%. Para a CNI, a percepção dos consumidores
foi influenciada pelos aumentos de preço a partir de
junho no setor de alimentos
e bebidas. Mais da metade
dos entrevistados (55%)
acredita em uma aceleração
da inflação, o maior percentual desde março de 2005.
ALTO ASTRAL
Apesar do pessimismo, o
Inec aponta um quadro favorável nos próximos meses, com a manutenção da
alta na demanda do consumo das famílias. A pesquisa
da CNI foi feita com 2.002
eleitores de 142 municípios,
entre os dias 13 e 18, e será
divulgada hoje.
BOLETIM
O Itaú recebeu, neste ano,
a nota máxima em desenvolvimento do capital humano
do DJSI (Dow Jones Sustainability World Index).
DE ÔNIBUS
O CEO da Marcopolo, José Rubens de la Rosa, anunciou que a nova fábrica da
empresa, em construção na
Índia, na região de Dharwad,
será a maior do mundo no
setor e deverá atingir a produção anual de 20 mil ônibus nos próximos cinco
anos. Com isso, a empresa,
que neste ano prevê fabricar
17 mil unidades, dobrará o
volume de produção e alcançará 40 mil ônibus até 2012.
DE CARONA
A Mercedes-Benz promove, hoje e amanhã, em São
Paulo, um campeonato de
golfe para comemorar a chegada do novo Classe C no
mercado brasileiro.
CONSTRUÇÃO
A MRV Engenharia espera alcançar a casa das 40 mil
unidades lançadas por ano,
30 mil a mais que o previsto
para 2007. A companhia fechou parceria com a Celta
Engenharia, para apartamentos e casas com custo
entre R$ 45 mil e R$ 200
mil, para famílias de classes
B, C e D, com renda mensal
de R$ 1.200 a R$ 7.000. A
previsão inicial é um VGV de
R$ 50 milhões ao ano, podendo crescer para R$ 200
milhões nos anos seguintes.
Bruno Fernandes/Folha Imagem
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CINEMA NO PRATO Rodrigo Drysdale e Adriana Seibert, do marketing da Warner, que mirou em empresas de alimentos (Nestlé e McDonald's) para atingir o público consumidor; operadoras de cartão de crédito, bancos e restaurantes deverão ser explorados pelo grupo de entretenimento
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
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