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EVENTO
Encontro nacional acontece nesta semana no RS
Setor editorial discute tática para conter queda na venda de livros
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Livreiros e editores se reúnem
entre hoje e sábado, em um encontro em Porto Alegre, no Rio
Grande do Sul, para delinear estratégias que tentem reverter a
queda verificada pelo setor na
venda de livros no Brasil.
De acordo com dados da pesquisa Produção e Vendas do Setor
Editorial Brasileiro, que serão
apresentados no 32º Encontro
Nacional de Editores e Livreiros,
caiu em 8% o número de exemplares vendidos no ano passado,
se consideradas apenas as vendas
para o mercado, e em 20%, se levadas em conta também as vendas para o governo federal.
Entre os motivos que levam a
essa queda, segundo o setor, estão
o aumento da reutilização e do
empréstimo de livros e a queda do
número de alunos matriculados
em escolas particulares. O crescimento das escolas e órgãos públicos cujo material didático é editado por eles mesmos, e não pelas
editoras de livros didáticos, também contribui para o encolhimento das vendas, de acordo com
a câmara.
"Nosso encontro servirá para
verificarmos vários itens que afetam o mercado, inclusive em relação às autoridades. O índice de
vendas para órgãos públicos [federais, estaduais e municipais] é
de 53% do total das vendas", afirmou o diretor-executivo da Câmara Brasileira do Livro, Armando Antongini.
"Esses encontros preconizam a
definição de propostas a serem
executadas nos próximos anos",
disse o presidente da câmara, Oswaldo Siciliano.
Haverá no encontro discussões
como "O que a propaganda pode
fazer pelo mercado editorial", "O
livro dentro da política do Ministério da Cultura" e "Marketing de
relacionamento como diferencial
competitivo".
Resultados
Editoras e livrarias movimentaram em 2003 cerca de R$ 3,3 bilhões. Foram lançados 35.590 livros em 2003, e o faturamento total foi de R$ 2,363 bilhões.
Segundo dados da câmara, 16%
da população concentra em casa
73% dos livros. Outros dados:
metade dos livros lidos não é
comprada, dois terços dos compradores pertencem às classes B e
C, e 58% deles se concentram em
seis Estados do Sul e do Sudeste.
A escolaridade é determinante
para o distanciamento da leitura
de livros, mostram os dados. A
leitura de livros é apreciada por
33% da população adulta alfabetizada, e 61% dos brasileiros adultos alfabetizados têm pouco ou
nenhum contato com livros.
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