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Expectativa de aumento na Selic eleva juro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A expectativa de aumento na taxa básica de
juros (Selic) já apresenta
reflexos no custo dos financiamentos para o consumidor. Segundo dados
do BC, a taxa média cobrada das pessoas físicas chegou a 43,6% ao ano em setembro, menor patamar
da série, iniciada em 1994.
Apesar dessa queda, os
juros para as modalidades
mais utilizadas, como cheque especial e crédito pessoal, subiram no mês passado. Além disso, dados
parciais para o mês de outubro mostram aumento
no custo do crédito.
Em setembro, a queda
dos juros poderia ter sido
maior, não fosse o aumento na taxa que os bancos
pagam na captação de recursos para empréstimos,
que subiu pelo segundo
mês consecutivo. Esse
movimento reflete a expectativa do mercado financeiro de que a taxa básica de juros voltará a subir em julho de 2010, em
razão do maior crescimento da economia.
A redução dos juros em
setembro refletiu, principalmente, o custo menor
no financiamento de veículos, na aquisição de outros bens e no consignado.
Em outras modalidades,
houve alta nas taxas. São
os casos do cheque especial (162,7% ao ano) e do
crédito pessoal (44,7%).
Em outubro, além do
custo de captação, o comportamento dos juros está
sendo influenciado por
uma alta do "spread" bancário, a parcela que inclui
os custos administrativos,
o risco de inadimplência e
o lucro dos bancos. Nos 13
primeiros dias do mês, a
taxa média para o consumidor chegou a 46% ao
ano. A maior parte desse
aumento está no "spread".
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