São Paulo, quarta-feira, 28 de outubro de 2009

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Expectativa de aumento na Selic eleva juro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A expectativa de aumento na taxa básica de juros (Selic) já apresenta reflexos no custo dos financiamentos para o consumidor. Segundo dados do BC, a taxa média cobrada das pessoas físicas chegou a 43,6% ao ano em setembro, menor patamar da série, iniciada em 1994.
Apesar dessa queda, os juros para as modalidades mais utilizadas, como cheque especial e crédito pessoal, subiram no mês passado. Além disso, dados parciais para o mês de outubro mostram aumento no custo do crédito.
Em setembro, a queda dos juros poderia ter sido maior, não fosse o aumento na taxa que os bancos pagam na captação de recursos para empréstimos, que subiu pelo segundo mês consecutivo. Esse movimento reflete a expectativa do mercado financeiro de que a taxa básica de juros voltará a subir em julho de 2010, em razão do maior crescimento da economia.
A redução dos juros em setembro refletiu, principalmente, o custo menor no financiamento de veículos, na aquisição de outros bens e no consignado. Em outras modalidades, houve alta nas taxas. São os casos do cheque especial (162,7% ao ano) e do crédito pessoal (44,7%).
Em outubro, além do custo de captação, o comportamento dos juros está sendo influenciado por uma alta do "spread" bancário, a parcela que inclui os custos administrativos, o risco de inadimplência e o lucro dos bancos. Nos 13 primeiros dias do mês, a taxa média para o consumidor chegou a 46% ao ano. A maior parte desse aumento está no "spread".


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