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Bolsa de SP recua 2,96%, pior resultado em 4 meses
Medida do governo da Índia afeta pregões de emergentes
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O dia não foi dos melhores
para os emergentes. Enquanto
as Bolsas registraram apreciação em Nova York e Londres, os
mercados acionários dos emergentes fecharam no vermelho.
A Bovespa perdeu 2,96%, a
maior baixa em quatro meses.
Foi da Índia que veio o mal-estar que prejudicou os outros
emergentes. O governo do país
decidiu começar a desativar
medidas que tomou durante a
crise para melhorar a liquidez,
o que não agradou aos mercados. A Bolsa local caiu 2,31%.
No México, o recuo ficou em
3,19%; a Bolsa da China marcou
depreciação de 2,84%; e, na
Rússia, houve queda de 1,84%.
Se dependesse só dos dados
econômicos americanos, que
costumam ser a referência para
as decisões de investimento no
mercado local, os pregões deveriam ter sido melhores. Nos
EUA, foram apresentados números positivos, como o aumento do preço dos imóveis residenciais em agosto. O Dow
Jones subiu 0,14%. A Bolsa de
Londres ganhou 0,18%.
Com o resultado de ontem, o
índice Ibovespa, que reúne as
63 ações brasileiras mais negociadas, desceu aos 63.161 pontos. Nesse patamar, a alta no
mês registrada pelo Ibovespa
caiu para 2,67%. No pico de outubro, que foram os 67.239
pontos marcados no dia 19, a
Bolsa alcançou alta de 9,30%.
Apesar de os ganhos acumulados em 2009 ainda serem elevados, de 68,2%, estão se distanciando da máxima do ano
-que chegou a ser de 79,06%
de apreciação acumulada.
Ao menos o câmbio escapou
do cenário externo mais arisco.
O dólar encerrou ontem estável, cotado a R$ 1,739. No mês, a
moeda tem baixa de 1,86%.
Ações para baixo
A queda abateu os principais
papéis negociados no mercado
acionário doméstico.
No topo da lista de perdas do
Ibovespa, ficou o setor imobiliário. Destaque de ganhos na
Bolsa em 2009, o setor liderou
as baixas: a ação ON da Rossi
Residencial caiu 7,23%; Gafisa
ON perdeu 7,07%; e Cyrela
Realt ON teve baixa de 6,93%.
As ações da BM&FBovespa
estiveram entre os destaques
negativos, com depreciação de
4,56%. No mês, os papéis da
BM&FBovespa acumulam perdas de 11,94%.
Os papéis da Petrobras, mesmo com o petróleo em alta em
Nova York, terminaram o pregão em baixa de 4,48% (preferenciais) e 4,35% (ordinários).
Quem também terminou
com queda substancial foram
as ações da Vale: seus papéis
PNA recuaram 2,04%, e os ON
perderam 2,51%.
Essas ações, muito negociadas por investidores estrangeiros, foram punidas ontem muito mais pelo cenário internacional pouco favorável do que
pela decisão do governo de taxar o capital externo destinado
ao mercado doméstico.
Entre terça e quinta passadas, os investidores estrangeiros tiraram R$ 1,95 bilhão das
ações brasileiras.
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