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Novo ministro da Fazenda terá R$ 45 bi no caixa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Fazenda pretende deixar para o próximo governo cerca de R$ 45 bilhões em
caixa para pagamento de dívida
pública. O total equivale ao montante da dívida em títulos que
vencerá nos primeiros três meses
de 2003, segundo o governo.
Ou seja, mesmo que houvesse
uma crise na qual o mercado financeiro deixasse de aceitar papéis públicos, ainda assim a nova
administração teria como pagar
os títulos com vencimento previsto para o primeiro trimestre sem a
necessidade de substituí-los por
novos papéis (processo chamado
tecnicamente de rolagem).
A meta do Ministério da Fazenda foi anunciada ontem pelo secretário do Tesouro Nacional,
Eduardo Guardia.
Reserva
De acordo com o secretário, o
Tesouro tem R$ 100 bilhões em
caixa, mas o total que pode ser
gasto em pagamento de dívida é
menor. O dinheiro vem sendo
acumulado com as privatizações e
os superávits realizados ao longo
dos últimos anos.
Hoje, porém, Guardia avalia
que não existem problemas de rolagem da dívida. "Existe uma recuperação claramente identificada na demanda por títulos públicos. Os fundos de investimentos
estão comprando mais", disse.
Segundo o secretário, o total de
R$ 45 bilhões pode até aumentar,
caso a média de emissões de títulos públicos continue no mesmo
ritmo atual.
Entre junho e agosto, no auge da
crise de confiança dos investidores, a média de emissão de títulos
era de R$ 600 milhões por semana. Em setembro, ela passou para
R$ 1,7 bilhão e em outubro, para
R$ 3 bilhões.
"No mês de novembro, a colocação média semanal está em R$
6,8 bilhões e a demanda tem sido
superior à oferta", comentou
Guardia.
A dívida total é de R$ 556,7 bilhões.
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