São Paulo, quinta-feira, 28 de novembro de 2002

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INVESTIMENTOS

Captação ficou positiva em US$ 84,2 mi em outubro; aumenta procura por aplicações indexadas à inflação

Fundos voltam ao azul após sete meses

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os fundos de investimento iniciaram uma recuperação em outubro. Após sete meses no vermelho, os fundos conseguiram fechar o mês passado com captação líquida positiva.
Apesar de modesta, frente aos saques realizados durante o ano, os fundos encerraram outubro com captação líquida (aplicações menos resgates) de US$ 84,2 milhões, segundo dados da Thomson Financial. Em setembro, por exemplo, a captação ficou negativa em mais de US$ 1 bilhão.
A maior atratividade das aplicações que seguem os índices de inflação teve papel importante no resultado geral dos fundos. Segundo a consultoria, esses fundos receberam no mês US$ 281,7 milhões.
Outubro também foi um mês de importante recuperação do mercado acionário. A Bovespa fechou o mês com valorização de 17,9%. Os fundos de ações se beneficiaram do movimento de alta e tiveram captação líquida de R$ 259 milhões no mês, como mostram dados do site Fortuna.
Mas, como a trajetória de alta da Bolsa perdeu fôlego -os ganhos neste mês estão em modestos 0,5%-, os investidores começaram a sacar recursos dos fundos de ações. Neste mês, até o dia 25, a captação dos fundos de ações está negativa em R$ 10,8 milhões.
Apesar da fuga do mercado acionário, levantamento do Fortuna mostra que, pela primeira vez desde maio, os fundos fecharam a terceira semana consecutiva -encerrada no dia 22- com captação líquida positiva.
Mesmo assim, os fundos acumulam captação negativa superior a R$ 59 bilhões no ano. A melhora das últimas semanas ainda não foi suficiente para os fundos se recuperarem do golpe sofrido após a marcação a mercado, imposta pelo governo em maio, que causou perdas e afugentou o investidor.
O mês passado também foi marcado pelo crescimento do patrimônio dos fundos da América Latina, que saltou 7,6%, para US$ 133,8 bilhões. Dentre os países com fundos de maior peso na região, apenas o México teve resultado negativo. O aumento dos juros motivaram resgates da ordem de US$ 353,8 milhões nos fundos mexicanos no período.


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