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INVESTIMENTOS
Captação ficou positiva em US$ 84,2 mi em outubro; aumenta procura por aplicações indexadas à inflação
Fundos voltam ao azul após sete meses
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os fundos de investimento iniciaram uma recuperação em outubro. Após sete meses no vermelho, os fundos conseguiram fechar o mês passado com captação
líquida positiva.
Apesar de modesta, frente aos
saques realizados durante o ano,
os fundos encerraram outubro
com captação líquida (aplicações
menos resgates) de US$ 84,2 milhões, segundo dados da Thomson Financial. Em setembro, por
exemplo, a captação ficou negativa em mais de US$ 1 bilhão.
A maior atratividade das aplicações que seguem os índices de inflação teve papel importante no
resultado geral dos fundos. Segundo a consultoria, esses fundos
receberam no mês US$ 281,7 milhões.
Outubro também foi um mês de
importante recuperação do mercado acionário. A Bovespa fechou
o mês com valorização de 17,9%.
Os fundos de ações se beneficiaram do movimento de alta e tiveram captação líquida de R$ 259
milhões no mês, como mostram
dados do site Fortuna.
Mas, como a trajetória de alta da
Bolsa perdeu fôlego -os ganhos
neste mês estão em modestos
0,5%-, os investidores começaram a sacar recursos dos fundos
de ações. Neste mês, até o dia 25, a
captação dos fundos de ações está
negativa em R$ 10,8 milhões.
Apesar da fuga do mercado
acionário, levantamento do Fortuna mostra que, pela primeira
vez desde maio, os fundos fecharam a terceira semana consecutiva -encerrada no dia 22- com
captação líquida positiva.
Mesmo assim, os fundos acumulam captação negativa superior a R$ 59 bilhões no ano. A melhora das últimas semanas ainda
não foi suficiente para os fundos
se recuperarem do golpe sofrido
após a marcação a mercado, imposta pelo governo em maio, que
causou perdas e afugentou o investidor.
O mês passado também foi
marcado pelo crescimento do patrimônio dos fundos da América
Latina, que saltou 7,6%, para US$
133,8 bilhões. Dentre os países
com fundos de maior peso na região, apenas o México teve resultado negativo. O aumento dos juros motivaram resgates da ordem
de US$ 353,8 milhões nos fundos
mexicanos no período.
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