São Paulo, quinta-feira, 28 de novembro de 2002

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Governo condiciona socorro à reestruturação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro do Desenvolvimento, Sergio Amaral, voltou a insistir em que o socorro governamental para a Varig depende da apresentação de uma proposta de reestruturação da companhia, que deve ser apresentada pela própria empresa.
Ele afirmou que, sem a reestruturação, não haverá recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a maior companhia aérea brasileira.
"Até porque o governo não pode dar recurso para uma empresa que já é inadimplente com o próprio governo", disse o ministro, após participar de reunião com o presidente Fernando Henrique Cardoso, e os ministros Pedro Malan (Fazenda) e Geraldo Quintão (Defesa).
Apesar de Amaral insistir em que o governo está aberto a considerar "qualquer proposta da Varig", já se trabalha em Brasília com a hipótese de quebra da empresa. Ele descartou a possibilidade de intervenção na empresa.

Impacto
Na reunião que Amaral teve anteontem com órgãos do governo e empresas públicas credores da Varig, foi analisado o impacto da eventual quebra da empresa no mercado brasileiro de aviação.
Segundo o advogado-geral da União, José Bonifácio de Andrada, o DAC (Departamento de Aviação Civil) entregou um documento no qual mostra que a saída da Varig causaria tumultos apenas nos primeiros dias.
O documento mostra, segundo ele, que as companhias aéreas existentes e a entrada de novas empresas no mercado conseguiriam atender à demanda de vôos. No caso dos vôos internacionais, a Varig poderia ser substituída, pelo menos inicialmente, por companhias estrangeiras.


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