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Governo condiciona socorro à reestruturação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro do Desenvolvimento, Sergio Amaral, voltou a insistir
em que o socorro governamental
para a Varig depende da apresentação de uma proposta de reestruturação da companhia, que deve
ser apresentada pela própria empresa.
Ele afirmou que, sem a reestruturação, não haverá recursos do
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a maior companhia aérea brasileira.
"Até porque o governo não pode dar recurso para uma empresa
que já é inadimplente com o próprio governo", disse o ministro,
após participar de reunião com o
presidente Fernando Henrique
Cardoso, e os ministros Pedro
Malan (Fazenda) e Geraldo Quintão (Defesa).
Apesar de Amaral insistir em
que o governo está aberto a considerar "qualquer proposta da Varig", já se trabalha em Brasília
com a hipótese de quebra da empresa. Ele descartou a possibilidade de intervenção na empresa.
Impacto
Na reunião que Amaral teve anteontem com órgãos do governo e
empresas públicas credores da
Varig, foi analisado o impacto da
eventual quebra da empresa no
mercado brasileiro de aviação.
Segundo o advogado-geral da
União, José Bonifácio de Andrada, o DAC (Departamento de
Aviação Civil) entregou um documento no qual mostra que a saída
da Varig causaria tumultos apenas nos primeiros dias.
O documento mostra, segundo
ele, que as companhias aéreas
existentes e a entrada de novas
empresas no mercado conseguiriam atender à demanda de vôos.
No caso dos vôos internacionais,
a Varig poderia ser substituída,
pelo menos inicialmente, por
companhias estrangeiras.
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