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ÁGUIA EM TRANSE
Confiança do consumidor sobe, e pedidos à indústria crescem; índice Dow Jones reage com alta de 2,95%
Indicadores positivos animam Wall Street
DA REDAÇÃO
A divulgação de uma série de
indicadores positivos, com destaque para o aumento nos gastos e
nos pedidos à indústria, injetou
uma dose de euforia nos mercados norte-americanos. O índice
Dow Jones, da Bolsa de Nova
York, subiu 2,95% e ficou próximo de atingir os 9.000 pontos.
De uma maneira geral, os números divulgados ontem mostraram um menor número de pedidos de seguro-desemprego, gastos pessoais mais elevados, expansão na indústria e mais encomendas de bens duráveis. Os indicadores arrefeceram o pessimismo dos investidores.
"Isso significa que a recuperação econômica está bem encaminhada", afirmou Matt Johnson,
diretor do banco de investimentos Lehman Brothers. "As pessoas
já se sentem mais seguras em investir em ações."
Das dez ações mais negociadas
em Wall Street ontem, nove encerraram o dia em alta. O Dow Jones chegou a bater no seu nível
mais elevado em três meses.
Se continuar em alta nos próximos dias, o Dow Jones atingirá oito semanas seguidas de alta. A
Nasdaq ganhou 3,07% no dia, ao
passo que o índice Standard &
Poor's 500 subiu 2,8%.
Segundo o Departamento de
Comércio dos EUA, os gastos dos
consumidores cresceram 0,4% no
mês passado -mais, portanto,
que a expansão na renda, que foi
de 0,1%. Em setembro, os gastos
pessoais haviam encolhido 0,4%.
O consumo gera dois terços do
PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano. O elevado nível de
gastos da população tem compensado a retração dos investimentos empresariais, o que evita
uma desaceleração ainda mais
acentuada.
Outro fator para otimismo foi o
aumento no índice de confiança
do consumidor da Universidade
de Michigan, que subiu de 80,6
pontos, em outubro, para 84,2
pontos neste mês. A recuperação
no indicador confirma a tendência apontada anteontem, com a
divulgação do índice de confiança
do consumidor do Conference
Board, que cresceu de 79,6 pontos
para 84,1 pontos.
Já as encomendas de bens duráveis cresceram 2,8% em outubro,
um ritmo acima do esperado, puxadas por uma recuperação nas
vendas de máquinas. Os pedidos
de equipamentos de comunicações subiram 65,2% no período.
Trabalho
Na semana passada, o número
de pedidos de seguro-desemprego recuou para 364 mil, o menor
patamar em quase dois anos. A
queda nas solicitações projeta
uma melhora nas atuais condições do mercado de trabalho.
"O Departamento do Trabalho
destacou que o fim de ano teve
um papel no recuo, mas a tendência de queda nos pedidos sugere
uma estabilização do mercado",
disse Gerald Cohen, economista
sênior da corretora Merrill Lynch.
Com agências internacionais
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