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foco
"Sexta-Feira Negra" vira teste para recuperação do
consumo norte-americano
JANAINA LAGE
DE NOVA YORK
A chamada "Sexta-Feira Negra" ("Black Friday") começou
ontem como um teste para o
desempenho das vendas de
fim de ano nos EUA. As principais redes de varejo abriram as
portas às 5h, com filas de consumidores na porta em busca
de pechinchas e descontos de
50% ou mais.
O dia de compras funciona
como um termômetro das
vendas natalinas. Neste ano,
varejistas e consumidores travam uma verdadeira queda de
braço. Em 2008, a explosão da
crise financeira em setembro
influenciou os resultados, e as
vendas de fim de ano caíram
3,4%, o pior resultado em décadas. No ano passado, para
tentar incentivar o consumo e
queimar o nível elevado de estoques, as redes varejistas ofereceram uma ampla gama de
descontos superiores a 50%.
Agora, com a retomada do
crescimento da economia no
terceiro trimestre, a expectativa é de descontos não tão generosos ou ao menos mais segmentados. Com uma taxa de
desemprego de 10,2%, pesquisas de opinião mostram que o
americano quer abrir a carteira apenas diante de boas oportunidades de negócios.
Nas semanas antes da Black
Friday, as redes já começaram
a oferecer preços mais em conta. A rede de eletrônicos Best
Buy, por exemplo, chegou a
oferecer no dia 11 um laptop a
US$ 250, além de ofertas especiais de televisores.
Na loja da Macy's em Nova
York, cerca de 5.000 pessoas
esperaram a abertura da loja às
5h. A estratégia adotada por algumas redes, principalmente
de eletrônicos, foi abrir as portas à 0h, buscando consumidores que saíam direto da comemoração do dia de Ação de
Graças para a fila.
Mesmo que os resultados da
Black Friday sejam positivos, a
Federação Nacional de Varejistas prevê uma queda de 1%
nas vendas de fim de ano, que
devem somar US$ 437,6 bilhões. A federação estima que
até 134 milhões de americanos
participarão das compras de
Natal entre hoje e amanhã.
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