São Paulo, sábado, 28 de novembro de 2009

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"Sexta-Feira Negra" vira teste para recuperação do consumo norte-americano

JANAINA LAGE
DE NOVA YORK

A chamada "Sexta-Feira Negra" ("Black Friday") começou ontem como um teste para o desempenho das vendas de fim de ano nos EUA. As principais redes de varejo abriram as portas às 5h, com filas de consumidores na porta em busca de pechinchas e descontos de 50% ou mais.
O dia de compras funciona como um termômetro das vendas natalinas. Neste ano, varejistas e consumidores travam uma verdadeira queda de braço. Em 2008, a explosão da crise financeira em setembro influenciou os resultados, e as vendas de fim de ano caíram 3,4%, o pior resultado em décadas. No ano passado, para tentar incentivar o consumo e queimar o nível elevado de estoques, as redes varejistas ofereceram uma ampla gama de descontos superiores a 50%.
Agora, com a retomada do crescimento da economia no terceiro trimestre, a expectativa é de descontos não tão generosos ou ao menos mais segmentados. Com uma taxa de desemprego de 10,2%, pesquisas de opinião mostram que o americano quer abrir a carteira apenas diante de boas oportunidades de negócios.
Nas semanas antes da Black Friday, as redes já começaram a oferecer preços mais em conta. A rede de eletrônicos Best Buy, por exemplo, chegou a oferecer no dia 11 um laptop a US$ 250, além de ofertas especiais de televisores.
Na loja da Macy's em Nova York, cerca de 5.000 pessoas esperaram a abertura da loja às 5h. A estratégia adotada por algumas redes, principalmente de eletrônicos, foi abrir as portas à 0h, buscando consumidores que saíam direto da comemoração do dia de Ação de Graças para a fila.
Mesmo que os resultados da Black Friday sejam positivos, a Federação Nacional de Varejistas prevê uma queda de 1% nas vendas de fim de ano, que devem somar US$ 437,6 bilhões. A federação estima que até 134 milhões de americanos participarão das compras de Natal entre hoje e amanhã.


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