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Febraban defende jornada de 8 horas para reduzir ações
DA REPORTAGEM LOCAL
A Febraban (Federação
Brasileira dos Bancos) quer
discutir o fim da jornada de
seis horas para os bancários
no Fórum Nacional do Trabalho, o que reduziria o volume de reclamações trabalhistas e aumentaria a média
salarial da categoria.
"O que diferencia o trabalho de um analista de sistema, por exemplo, em um
banco [com jornada de seis
horas], daquele que trabalha
em uma indústria [com oito]?", diz Magnus Ribas
Apostólico, superintendente
da área de Relações do Trabalho da Febraban.
A legislação que garante
jornada menor aos bancários foi criada em 1933, está
defasada e necessita ser rediscutida, diz. "O bancário
com jornada de oito horas
ganha 55% a mais no salário
do que os que têm jornada
de seis horas." Se a carga horária for alterada, avalia, haverá ganho salarial.
Segundo Adriano Laimer,
assessor jurídico da CNB-CUT (Confederação Nacional dos Bancários), os bancos já tentaram negociar a
ampliação da jornada com
os sindicatos -contrários à
mudança. "Os bancos querem forçar o reconhecimento da jornada de oito horas,
mas não concordamos. A
maioria das ações relacionadas a horas extras são decorrentes dessa contratação
fraudulenta."
A Febraban informa que
não existe orientação de não
fazer acordo com os empregados e protelar as ações até
as últimas instâncias. "Os
bancos têm procurado resolver os conflitos com a
busca de acordos nas comissões de conciliação prévia",
diz Apostólico. Outra medida adotada pelos bancos,
afirma, é a implementação
de pontos eletrônicos para
ter maior controle da jornada de trabalho e do pagamento de horas extras.
Se o projeto de lei que altera a forma de correção das
ações trabalhistas -de 1%
ao mês para a taxa Selic-
for aprovado, os trabalhadores podem ser prejudicados,
avalia a Febraban. "Hoje, a
correção nas ações é de 12%
ao ano mais TR [Taxa Referencial]. E se a Selic [hoje em
16,5%] ficar abaixo dos 12%?
Os trabalhadores serão prejudicados", diz Apostólico.
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