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TELEFONIA
BNDES exige fluência no idioma
Língua portuguesa
elimina consórcio
da Sucursal de Brasília
O BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social) classificou as propostas
técnicas de quatro consórcios na
primeira fase da licitação para a
avaliação e modelagem das empresas estatais de telecomunicações,
que deverão ser privatizadas ainda
no primeiro semestre deste ano.
Foram classificados os consórcios Telebrasil 2000 (liderado pelo
Banco FonteCindam), Telebrasil
(liderado pela Metal Data Engenharia e Representações Ltda.),
Brasilcom (liderado pela Salomon
Brothers Inc.) e Arthur Littles/Coopers & Lybrand/Deloitte
& Touche.
Na edição de ontem do "Diário
Oficial" da União, o BNDES esclareceu que os envelopes das propostas comerciais serão abertos no
próximo dia 5 de fevereiro, na sede
do banco, no Rio de Janeiro.
O consórcio formado pelos bancos Goldman Sachs, JP Morgan e
Garantia foi desclassificado porque integrantes da equipe que terá
reuniões com executivos do Sistema Telebrás não têm fluência na
língua portuguesa.
Em entrevista coletiva, o ministro Sérgio Motta (Comunicações)
confirmou a desclassificação, mas
preferiu não comentar o caso. Segundo ele, a decisão é de responsabilidade do BNDES.
O consórcio Garantia/JP Morgan/Goldman poderá entrar com
um recurso administrativo contra
a sua desclassificação.
"Poderemos entrar com recurso, mas ainda vamos avaliar a possibilidade nos próximos dias", disse Eleazar de Carvalho Filho, representante do Garantia no consórcio.
Prioridade
A desclassificação foi atribuída à
falta de fluência na língua portuguesa de quatro dos nove coordenadores da equipe formada pelo
consórcio, uma das exigências da
carta de convocação da licitação.
A desclassificação pegou o consórcio de surpresa. "Não imaginávamos que seria dada prioridade à
fluência em português", afirmou
Eduardo Gentil, diretor do Goldman Sachs.
Segundo Carvalho Filho, o grupo
tinha consciência da exigência do
edital.
"Mas, quisemos colocar como
líderes da equipe pessoas com experiência em projetos de telecomunicações, sem nos importar
com seu país de origem. Procuramos os melhores e discutimos
muito sobre os nomes. Achamos
que isso seria mais importante para o cliente", disse ele.
Dos quatro executivos sem
fluência em português, dois pertencem ao Goldman e dois ao JP
Morgan.
Colaborou VANESSA ADACHI, da Reportagem
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