da Sucursal de Brasília

O ministro Sérgio Motta (Comunicações) anunciou ontem que, na primeira semana de fevereiro, a taxa de habilitação dos telefones fixos cairá de R$ 80 para R$ 50.
Motta fez o anúncio em uma entrevista coletiva, quando informou que a demanda por telefones fixos na área da Telesp (a companhia telefônica estatal do Estado de São Paulo) é de 7,232 milhões de aparelhos. No Estado do Rio de Janeiro, essa fila de espera representa uma demanda por 3,550 milhões de novos aparelhos fixos.
O ministro considerou que essa demanda só foi criada porque a habilitação caiu de cerca de R$ 300 para R$ 80 na metade do ano passado. "É a demanda real."
Ele reconheceu que não existe oferta suficiente em todo o país para suprir a procura, mas afirmou que o ministério irá reduzir o preço da habilitação.
O ministro disse que alguns críticos consideram "demagogia" a redução para R$ 80. "Mas se não mudar o mecanismo de financiamento, nada vai mudar. Estamos instalando mais telefones por R$ 80 do que pelo sistema antigo", afirmou.

Correios
Motta anunciou ainda que o ministério está "simulando modelos" de privatização da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) que prevê um sistema misto entre a União e a iniciativa privada.
Segundo o ministro, as agências serão transformadas em "bancos postais", que funcionarão como arrecadadores de poupança popular. Os usuários também poderão pagar contas (cartão de crédito, luz, água e outros serviços) nessas novas agências da ECT.
O projeto de lei que remodelará os serviços postais no país deverá ser encaminhada ao Congresso no próximo mês de abril, informou.
Ele defendeu uma "pulverização" das ações que a União possui na ECT, mas considerou que será "impossível" a privatização integral da empresa.



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