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Para Tarso, houve acerto ao tratar assunto como questão de Estado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de confirmado ter sido um crime comum o furto de
dados da Petrobras, o ministro
Tarso Genro (Justiça) disse que
não considera ter havido precipitação por parte do governo ao
tratar o assunto como questão
de Estado.
Segundo ele, mesmo não tendo sido um caso de espionagem
industrial, o episódio era grave
e demandava o envolvimento
do esquema de inteligência do
governo.
"As primeiras informações
indicavam que os dados eram
sigilosos, de interesse do país, e
havia a suspeita de espionagem. Se não tivéssemos acionado nossos esquemas de inteligência, poderíamos ser acusados de negligência", disse.
Logo após a divulgação do
furto, o Palácio do Planalto
acreditava que as evidências
apontavam mais para um caso
de espionagem industrial e
acionou a cúpula da Polícia Federal e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para investigar o caso.
Na próxima semana, o ministro terá uma nova reunião com
seu colega Jorge Armando Félix (Gabinete de Segurança Institucional) e as direções da
Abin e da PF para avaliar as investigações e o que elas levantaram sobre falhas do sistema
de segurança da estatal.
"O crime comum, nesse caso,
é ainda mais grave do ponto de
vista de esquema de segurança,
pois mostra que ele é muito frágil, de grande debilidade", afirmou Tarso.
Segundo o ministro, após a
reunião a Abin deve fazer recomendações ao presidente e à
estatal sobre modificações nos
procedimentos de segurança
da empresa para evitar que dados reservados fiquem desprotegidos e coloquem em risco segredos de Estado.
(VALDO CRUZ)
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