São Paulo, sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

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Para Tarso, houve acerto ao tratar assunto como questão de Estado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois de confirmado ter sido um crime comum o furto de dados da Petrobras, o ministro Tarso Genro (Justiça) disse que não considera ter havido precipitação por parte do governo ao tratar o assunto como questão de Estado.
Segundo ele, mesmo não tendo sido um caso de espionagem industrial, o episódio era grave e demandava o envolvimento do esquema de inteligência do governo.
"As primeiras informações indicavam que os dados eram sigilosos, de interesse do país, e havia a suspeita de espionagem. Se não tivéssemos acionado nossos esquemas de inteligência, poderíamos ser acusados de negligência", disse.
Logo após a divulgação do furto, o Palácio do Planalto acreditava que as evidências apontavam mais para um caso de espionagem industrial e acionou a cúpula da Polícia Federal e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para investigar o caso.
Na próxima semana, o ministro terá uma nova reunião com seu colega Jorge Armando Félix (Gabinete de Segurança Institucional) e as direções da Abin e da PF para avaliar as investigações e o que elas levantaram sobre falhas do sistema de segurança da estatal.
"O crime comum, nesse caso, é ainda mais grave do ponto de vista de esquema de segurança, pois mostra que ele é muito frágil, de grande debilidade", afirmou Tarso.
Segundo o ministro, após a reunião a Abin deve fazer recomendações ao presidente e à estatal sobre modificações nos procedimentos de segurança da empresa para evitar que dados reservados fiquem desprotegidos e coloquem em risco segredos de Estado.
(VALDO CRUZ)

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