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Congresso prevê votação ainda neste ano
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A projeto de reforma tributária foi recebido com as tradicionais manifestações de otimismo no Congresso, embora sua
principal proposta seja praticamente idêntica à do texto apresentado em 2003 e desde então
empacado na Câmara.
Mesmo com as eleições municipais no segundo semestre e
as CPIs no Congresso, o governo e os presidentes da Câmara,
Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do
Senado, Garibaldi Alves
(PMDB-RN), disseram acreditar que a reforma será votada
neste ano. O projeto de emenda
constitucional da reforma foi
entregue pelo ministro Guido
Mantega (Fazenda).
Ao chegar à Câmara dos Deputados, Mantega admitiu que
é difícil de prever quando a reforma será votada. Mas logo em
seguida retomou o otimismo:
"Acredito que será em 2008".
O presidente da Câmara também disse estar confiante na
aprovação em 2008. Mas alertou de que, se a proposta não
for votada neste ano, aumentam as chances de não ser aprovada. "Quando você adia uma
decisão porque não consegue
unanimidade ou consenso, fica
mais difícil aprovar", disse.
Para o presidente do Senado,
a aprovação pode ocorrer até
agosto, quando os parlamentares se ausentam de Brasília para a campanha nos municípios.
"Vai haver quórum no primeiro semestre. No segundo,
teremos condições de trabalhar
até o final do mês de agosto. Se
os congressistas tiverem vontade política, a eleição não vai impedir, não vai atrapalhar."
Garibaldi lembrou que o governo deve reduzir o número
de MPs (medidas provisórias)
no Congresso para acelerar a
tramitação. "Com essas MPs,
não é só a reforma que não anda. Não anda nada", afirmou.
Escolhido anteontem para
relatar o texto, o deputado Sandro Mabel (PR-GO) também
disse que confia em uma tramitação "rápida". "O governo
amadureceu desde 2003 e
apresentou uma proposta sem
os defeitos da anterior", disse,
ressalvando que ainda não havia lido o projeto nem sido confirmado no cargo de relator.
Contrário à proposta anterior de eliminação dos benefícios fiscais, Mabel disse que o
prazo de oito anos para a transição até o novo ICMS pode
vencer as resistências.
A proposta de unificar a legislação do imposto tira dos governadores o poder de fixar as
regras de sua principal fonte de
receita, o que extingue a guerra
fiscal -a disputa entre Estados
pela atração de empresas a partir da concessão de benefícios.
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